
Há um bom tempo que quem passa pela faixa de areia da Praia do Embaré, em Santos, dá uma parada para ver os destroços de um navio encalhado. Quando a maré baixa ele fica mais visível. Mas para evitar os riscos de ferimentos, a Prefeitura de Santos fará um reforço do isolamento da área. O cercamento é feito por barras de ferro e cabos de inox.
De acordo com a administração, a estrutura é composta de pedaços de madeira e metal com cerca de 80 metros de comprimento e, ao ficar exposta, atrai a atenção de quem passa pelo local. Com isso, fez-se necessário o isolamento da área, para a proteção dos banhistas. Toda a área terá aproximadamente 22 metros de largura e 72 metros de comprimento, e cada uma das 24 barras, tem com 3,50 metros.
O monitoramento do local é realizado pela administração municipal desde 2017, quando foram feitos os primeiros registros dos destroços da embarcação. Outras aparições foram registradas em julho de 2018, agosto de 2019, e julho de 2020. Após os primeiros registros, uma equipe de geólogos foi acionada para tentar identificar a embarcação. À época, pesquisadores suspeitavam que o material se tratava dos restos do veleiro Krestel, que afundou na mesma região em 1895.
Mudanças
Serão utilizados 24 barras de ferro, interligadas a cabos, que ficarão fixadas em uma base de concreto, substituindo as anteriores, que estavam desgastada devido à ação do tempo e maresia. De acordo com a Prefeitura de Santos, boias de sinalização também ficarão fixadas nos cabos, que se movimentarão, acompanhando a altura da maré.

Em formato piramidal, a base de concreto dispõe, na parte inferior, de quatro peças em aço inox, semelhantes a uma âncora, para melhor fixação na areia. A base de concreto é revestida com epóxi, ampliando a vida útil da peça.
Veleiro
De acordo com uma publicação da época, o encalhe do Krestel ocorreu pela ausência de um capitão a bordo. Uma ventania levou a embarcação à praia e um rebocador que navegava pela barra da cidade ainda tentou fazer o resgate, sem sucesso.

Além disso, um objeto de metal de seis metros de comprimento foi encontrado dentro da embarcação, após sondagem da área com sonar. O grupo de pesquisas chegou a acreditar que poderia ser uma caldeira ou até um canhão, mas as hipóteses foram descartadas.
As imagens mostraram, ainda, que a proa do navio (parte frontal) está na direção de São Vicente e que a popa (parte traseira) está próxima ao Canal 5, mas que não encosta ou passa por baixo da estrutura, construída em 1927.
LEIA TAMBÉM