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Pílula anticovid da Pfizer é aprovado para uso emegencial nos Estados Unidos

Adolescentes de 12 anos e adultos podem usar o medicamento, caso tenham testado positivo

Nesta quarta-feira (22), a FDA, agência reguladora de medicamentos dos EUA, aprovou para uso emergencial a pílula da Pfizer Paxlovid (nirmatrelvir). Ela será utiliza para ser um remédio anticovid. A pílula é esperança de traramento contra a Covid-19. Mas ainda assim, a vacina é necessária.

O medicamento é indicado a adultos e crianças a partir de 12 anos que tenham testado positivo para a Covid-19 e apresentem alto risco de progressão para casos graves. Isto inclui necessidade de hospitalização ou morte. A Pfizer garante já estar pronta para começar a entrega imediata nos EUA. Assim, elevou suas projeções de produção para 120 milhões de tratamentos em 2022.

Testes clínicos da Pfizer mostraram que o antiviral foi 90% eficaz na prevenção de hospitalizações e mortes com pacientes com alto risco de doença grave. Além disso, dados recentes destacaram também que o medicamento mantém sua eficácia contra a variante Ômicron.

“A autorização de hoje apresenta o primeiro tratamento contra a covid-19 em forma de pílula, ingerida por via oral”, disse a cientista da FDA Patrizia Cavazzoni em um comunicado.

“Esta aprovação proporciona uma nova ferramenta para lutar contra a Covid-19 em um momento crítico da pandemia, no qual estão surgindo novas variantes”, disse a funcionária da FDA. A FDA autoriza este medicamento a pacientes de alto risco maiores de 12 anos.

Como ele funciona?

O Paxlovid consiste em duas pílulas diárias, tomadas durante cinco dias. Um teste clínico com 2.200 pessoas demonstrou, segundo a empresa, que é seguro e reduz em 88% a possibilidade de hospitalização e mortes em pessoas de risco.

Em uma medida incomum, a FDA não convocou seu habitual painel de especialistas independentes para revisar em profundidade os dados relacionados com a pílula da Pfizer antes desta autorização. O tratamento da Pfizer já tinha sido autorizado anteriormente na União Europeia.

A autorização ocorre em um momento em que os contágios de Covid-19 aumentam nos Estados Unidos. Cerca de 70% dos casos são impulsionados pela variante ômicron, a mais infecciosa vista até agora.

A variante, que contém múltiplas mutações, é mais capaz de escapar da imunidade conferida por uma infecção prévia e as autoridades sanitárias pedem que o público tome uma dose de reforço com vacinas de RNA mensageiro (RNAm) para um maior grau de proteção.

Diferentemente das vacinas, a pílula anticovid não se dirige à proteína ‘spike’, em constante evolução no coronavírus, que a usa para invadir as células. Contudo, ainda se espera a autorização para outra pílula contra a doença, desenvolvida pela farmacêutica Merck, que também é administrada durante cinco dias.

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