Greve dos funcionários do transporte coletivo de São Vicente é suspensa
Os trabalhadores receberam o salário e benefícios que estavam em atraso


Alívio para a população que depede do transporte coletivo municipal de São Vicente. Os motoristas suspenderam a greve, depois que o pagamento do salário e dos benefícios atrasados enfim foram pagos na quarta-feira (9).
O fim da greve se deve ao prefeito de São Vicente, Kayo Amado (PODE), que sancionou a lei para o subsídio de R$ 400 mil por mês, durante 11 meses, para que a Otrantur realize o pagamento dos funcionários. O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Santos e Região (Sindrod) informou que a Otrantur, empresa responsável pelo serviço na cidade, realizou o pagamento do salário, vale-refeição e cesta básica. No entanto, a greve só será suspensa em definitivo se houver o cumprimento de um acordo que deve ser cumprido no dia 25 de fevereiro.
“É a data que ela [Otrantur] tem para pagar a primeira parcela do acordo que fez do PLR atrasado e das horas extras. Caso ela não honre a parcela, a gente volta com movimento de greve a partir do dia 26”, explicou. Ainda de acordo com a entidade, mesmo com o pagamento dos atrasados, os funcionários permanecerão em estado de greve até 28 de fevereiro, que é a data do pagamento do mês. “Ela fazendo o pagamento do salário sem atraso é vida que segue. Se ela atrasar, a gente volta com o movimento de greve, mas sempre cumprindo a liminar”.
Resposta
Em nota, a prefeitura de São Vicente informou que conseguiu, no dia 3 de fevereiro, com aprovação na Câmara Municipal, a autorização de um subsídio emergencial de R$ 400 mil por mês, pelos próximos 11 meses, para que a empresa Otrantur, responsável pelo transporte público, consiga honrar com o pagamento de todos os trabalhadores e equacionar o seu equilíbrio econômico-financeiro.
Segundo a administração municipal, a implementação do subsídio evita o aumento tarifário, para que o valor não seja transferido à população. Em 2021, a prefeitura já havia concedido subsídio no valor de R$ 300 mil, por nove meses, à concessionária.
A prefeitura reiterou que desde o início da gestão identificou diversos problemas e reclamações dos munícipes que utilizam o transporte municipal e que, por esse motivo, já iniciou um estudo técnico sobre mobilidade no município.