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Prefeitura de São Vicente ajuda empresa de transporte a pagar salários de funcionários

Categoria entrou em greve parcial desde a semana passada

A novela da greve dos funcionários do transporte público de São Vicente pode estar perto do fim. O prefeito Kayo Amado (PODE) sancionou uma lei que vai conceder o subsídio de R$ 400 mil por mês, durante 11 meses, para que a Otrantur, empresa responsável pelo transporte coletivo da cidade, consiga pagar os salários de seus funcionários. Ao todo, o subsídio será de R$ 4,4 milhões.

Desde o início deste ano, os trabalhadores reclamam que estão sem receber desde dezembro. Por isso, iniciaram uma greve reivindicando o pagamento de salários e benefícios. A concessionária afirmou, na época, que o contrato de concessão encontra-se desequilibrado desde 2020, e a atual administração teria conhecimento que o prejuízo operacional pelo não reajuste tarifário em 2021 superaria R$ 7 milhões.

Mas para o projeto de lei ser aprovado, foi necessária a determinação do cancelamento de dois projetos da Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal. Ela trata da gestão de resíduos sólidos e da dragagem de canais no município, no valor de R$ 2 milhões cada. Já o restante do valor, R$ 400 mil, foi retirado da reserva de contingência do município.

Otrantur

Em nota, a Otrantur informou que será “única e exclusivamente para pagamento de funcionários”, disse a empresa. “A Otrantur não usa as verbas que têm vindo da cidade, a título de subvenção desde o ano passado, para outra coisa que não seja pagamento de funcionários”.

O total da folha de pagamento da Otrantur gira em torno de R$ 640 mil. “Mesmo longe do ideal, toda ajuda que a cidade puder dar é bem-vinda. Entretanto, a Otrantur salienta que, até o momento, não foi comunicada oficialmente sobre este repasse de R$ 400 mil e nem recebeu o dinheiro, mas acredita que, assim que isso acontecer, poderemos negociar o fim da greve”, finalizou.

O transporte público municipal em São Vicente circula com 70% dos veículos nos horários de pico, entre 6h e 9h e entre 16h e 19h. Nos demais horários, metade do total de ônibus da cidade deve circular, segundo decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

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