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Servidores de São Vicente não entram em acordo com a Prefeitura e greve continua

Uma audiência de conciliação foi feita, mas categoria exige o reajuste de 16%

Não foi desta vez que a greve dos servidores públicos de São Vicente terminou. Uma audiência de conciliação entre a categoria com os servidores foi feita nessa quinta-feira (24), junto com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), mas nenhum acordo foi fechado.

A greve já dura duas semanas e a audiência aconteceu em São Paulo de maneira híbrida entre representantes da prefeitura e do SindServSV. Em paralelo à audiência, que durou aproximadamente uma hora, os servidores se reuniram na sede do Sindicato para fazer um balanço do movimento grevista até o momento.

Durante audiência, o presidente do Sindicato, Edson Paixão, e o advogado Luiz Gonzaga Faria apresentaram argumentações, demonstraram o histórico de reajustes em outros municípios da região e que existe condições da prefeitura conceder o índice de reposição salarial. A categoria afirma que, durante a audiência, a administração municipal insistiu que não tem mais a oferecer para os servidores.

A audiência terminou sem nenhum acordo. Diante disso, o advogado do SindServSV conseguiu conversar com a procuradora pela continuidade do dissídio coletivo, ou seja, para que o reajuste seja decidido por meio de julgamento. Os servidores exigem um reajuste salarial de 16%, o que representa dois anos de perdas inflacionárias.

O que diz a prefeitura?

Por meio de nota, a Prefeitura de São Vicente informou que desde outubro de 2021 conversa com o SindServSV e o Sintramem para negociar o reajuste salarial dos servidores e que os setores de Gestão, Jurídico e Fazenda realizaram reuniões em 2021 e 2022 com os dois sindicatos para negociar o reajuste.

Durante os encontros, sempre foi contextualizado o difícil cenário econômico no qual se encontra a administração municipal, agravado ainda mais com o cenário pandêmico por conta da Covid-19. A administração municipal afirmou que, durante todo o tempo, se mostrou disposta à negociação e esclarecimento necessário sobre a situação financeira.

O Sindicato dos Trabalhadores no Magistério e na Educação Municipal (Sintramen) aceitou em 10 de março a proposta da prefeitura, que ampliou benefícios par a categoria dos professores e o reajuste de 1,8% que está dentro do orçamento da prefeitura.

Já o SindServSV declarou greve antes de ouvir a proposta, paralisando a mesa de negociação e posteriormente descumprindo uma liminar judicial, no que teria que fiscalizar e garantir a presença de 80% dos profissionais de serviços essenciais, especialmente da Saúde, em suas respectivas funções e 30% nos setores administrativos.

Ainda segundo a prefeitura, em determinados momentos, o CREI passou a trabalhar com apenas 18% da equipe de auxiliares de enfermagem. Com isso, a greve não apenas prejudicou o funcionalismo como também comprometeu o atendimento na rede de saúde.

A audiência

Na audiência de conciliação, na quarta-feira (24), as partes não chegaram a um acordo. A prefeitura afirma que seguirá acionando a Justiça para que o sindicato cumpra a determinação de fiscalizar e garantir a presença da porcentagem estipulada pelo TJ-SP.

A administração municipal reitera que respeita o direito de greve desde que os grevistas cumpram as determinações judiciais e não prejudiquem a prestação do serviço à população.

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