Terminou a greve dos funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos. Foram cinco dias de protestos e de paralisação dos serviços. Os profissionais cobram reajuste salarial e de benefícios. A decisão foi tomada durante assembleia geral dos trabalhadores nesta segunda-feira (25).
A reunião ocorreu, por volta de 18h30, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Administrativos em Capatazia, nos Terminais Privativos e Retroportuários e na Administração em geral dos Serviços Portuários do estado de São Paulo (Sindaport). Durante a assembleia, os 150 trabalhadores presentes aprovaram a suspensão da greve a partir de 23h desta segunda-feira.
O diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Viário e Urbano do Estado de São Paulo (Sindviários), Milton Santos Salgado, contou que os funcionários ainda aguardam possíveis propostas da negociação. Ela deve ser feita tanto na mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) quanto das reuniões de negociação. A previsão é que a reunião aconteça na empresa até a próxima sexta-feira (29).
Além disso, na mesma sexta, também vai ocorrer a nova assembleia geral às 18h30, também na sede do Sindaport, para a apresentação de possíveis propostas ou definição de uma nova data de greve. Caso a categoria decida pela greve, a data de início prevista é 13 de maio.
Motivo da suspensão
Segundo Salgado, o motivo da suspensão da greve, que reivindicava reajuste salarial e de benefícios, é a mediação do Tribunal. “Hoje [terça-feira] vou para o TRT-2 para uma rodada de mediação. Lá na Consolação e deve iniciar por volta de 12h”.
Na última quarta-feira (20), o Tribunal Regional do Trabalho pediu ao Sindiviários o retorno de 50% do efetivo, sob pena de multa de R$ 50 mil por dia ao sindicato. Os funcionários CET-Santos, então, aceitaram a medida em uma assembleia realizada durante a tarde. No mesmo dia, o sindicato protocolou uma petição como pedido de mediação ao TRT.
Os funcionários da CET-Santos reivindicam reajuste salarial e de benefícios. Segundo o Sindviários, a categoria está desde 2019 sem receber reajuste salarial, por conta da pandemia.
De acordo com Salgado, o aumento que a categoria deveria receber para suprir os três anos sem reajustes equivale a 10,06% do salário, conforme calculado em fevereiro de 2022.
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