A Polícia Civil realizou a prisão preventiva do médico ortopedista Alexandre Pedroso nessa segunda-feira (16). Ele é acusado de envolvimento na morte do paciente que teria alta médica no Hospital Santo Amaro (HSA), em Guarujá, Litoral de São Paulo, no último dia 24 de abril. O suspeito trabalhava como ortopedista no local e a prisão dele aconteceu durante o expediente.
No dia do assassinato, a vítima identificada como Gilianderson dos Santos, de 37 anos, estava no Hospital Santo Amaro, após ter sido baleado dois dias antes, na sexta-feira (22) na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, tmabém no Guarujá. Quando receberia alta médica, dois homens entraram no local e deram os disparos, executando a vítima. Câmeras de monitoramento flagraram o médico no momento da execução.
Nessa segunda, quando os policiais chegaram, ele não mostrou resistência para ser preso. No entanto, tinha sinais de estar alterado. Existe a possibilidade dele ter usado drogas, já que um pó branco foi encontrado nele. A substância pode ter sido cocaína.
O médico foi levado para o Palácio da Polícia, em Santos e o delegado Thiago Nemi Bonametti, durante coletiva de imprensa, deu detalhes que levaram os policiais até o ortopedista.
“Ele é o médico que aparece naquelas imagens que foram divulgadas. Há indícios bem fortes, que conseguimos comprovar, dele ter ajudado de alguma forma os executores do crime. Ele possui ligação com facção criminosa, isto é evidente e objeto da apuração”, disse.
Veja o vídeo:
Após o depoimento, o suspeito foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande, também no litoral de São Paulo, onde realizou alguns exames que não foram divulgados. Ele passou a noite no 5º Distrito Policial (DP) de Santos.
Na terça-feira (17), o médico será encaminhado a um Centro de Detenção Provisória (CPD) do município, onde cumprirá a prisão temporária.
Ligação com organização criminosa
De acordo com a Polícia Civil, o médico ortopedista Alexandre Pedroso estaria ligado com uma organização criminosa. “Ele possui uma ligação com facção criminosa [não especificada], isso é evidente”, disse o delegado Thiago Nemi Bonametti.
Mas além de estar ligado na execução do paciente, o delegado explicou que há maiores indícios dele estar envolvido com a organização. “Pelo que estamos apurando, existem casos dele atender indivíduos envolvidos com o crime organizado, que o procuravam para tratamento médico sem que causasse alarde”.
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