A defesa do prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), que segue afastado do cargo, entrou com pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A solicitação é que todas as medidas cautelares que o chefe do executivo está cumprido sejam suspensas. Ele permanece sendo investigado por ser suspeito de liderar uma organização criminosa.
As medidas cautelares determinadas pelo desembargador Nino Toldo são a proibição de sair do país, entrega do passaporte, proibição de se ausentar da comarca da residência por mais de 5 dias sem autorização da Justiça, proibição de acessar os prédios da prefeitura de Guarujá e também o uso da tornozeleira eletrônica. Tanto Válter Suman, quanto a esposa Edna Suman, colocaram no início deste mês.
No pedido de habeas corpus, o advogado Edson Asarias Silva pede a recondução de Válter Suman ao cargo. Além disso, também pede a suspensão de todas as medidas cautelares, pedindo o direito de locomoção e liberdade, de ir e vir. Assim, não há o risco da decretação da prisão preventiva.
As investigações
Os principais investigados pela PF são Válter Suman , a esposa dele Edna Suman, e um empresário que era responsável pela administração de unidades de saúde da cidade. A suspeita da PF é que a organização criminosa era liderada pelo casal Suman, e o responsável pelas transações seria o secretário afastado de Educação, Marcelo Nicolau.
O empresário Almir Mattias, suspeito de envolvimento no esquema de corrupção teria desviado 70% do valor que recebeu para gerenciar os serviços públicos da saúde. Entre os R$ 153 milhões pagos para investir na área, ele ficou com R$ 109 milhões.
Desvio na educação
Os policiais federais descobriram outro esquema de desvio de dinheiro enquanto investigavam as operações da saúde. Pelo menos R$ 30 milhões foram desviados da educação, por fraudes na compra de merenda escolar.
Um edital no valor de R$ 15 milhões foi fechado com a empresa Armazém 972, contratada para fornecer a merenda. De acordo com as investigações, a contratada também entregava propina ao casal Suman, que apelidou a ação de “doação para campanha”.
LEIA TAMBÉM
Válter Suman é notificado pela Câmara de Guarujá para apresentar defesa contra o impeachment