Cacique da aldeia onde criança foi estuprada fará “teste” dos indígenas para encontrar acusado
A intenção é saber se o acusado pertence ou não à aldeia
Começaram as buscas pelo acusado de estuprar uma criança indígena de 5 anos de idade, em uma aldeia de São Vicente. A menina está internada e precisou passar por uma cirurgia de reconstrução das partes íntimas. Além das investigações policiais, o cacique da Aldeia de Paranapuã, Ronildo Amandios, de 39 anos, anunciou que fará um “teste”.
De acordo com ele, todos os homens do local para que façam um “teste” a fim de descobrir se o criminoso é membro da comunidade. A menina foi encontrada em uma região de mata, com sangramento na região genital, na quarta-feira (19)
O cacique disse que também fará um ‘trabalho’ dentro da aldeia. Segundo ele, a polícia coletou o material genético que pode ajudar a identificar o estuprador. Ele revelou que foi feita uma perícia no material genético que estava na menina e, uma vez que tivermos resposta por parte da polícia, vou reunir todos os membros homens para verificar se foi alguém de dentro da aldeia.
Caso um dos suspeitos seja identificado, o cacique disse que “valerão os aparatos da lei. Por mais que sejamos indígenas, não temos a ‘tutela’ antiga da Funai, quando respondíamos por nós mesmos. Podemos responder civilmente”.
Ainda de acordo com o cacique, a Aldeia de Paranapuã abriga cerca de 48 indígenas. Segundo Amandios, o pai da vítima é quem está mais abalado com o ocorrido. Além disso, o cacique comentou sobre o ‘clima’ no local. “Está bem complicado, principalmente para as lideranças, que estão passando por um momento difícil. É a primeira vez que acontece isso na comunidade, e é triste e revoltante ao mesmo tempo“.
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