Flordelis é condenada a 50 anos de prisão
Flordelis foi condenada por homicídio triplamente qualificado, contra Anderson do Carmo, além de outros 4 crimes
O Tribunal do Júri de Niterói (RJ) condenou, neste domingo (13), a ex-deputada federal Flordelis dos Santos a 50 anos e 28 dias de prisão pela morte do marido e pastor, Anderson do Carmo.
Flordelis foi condenada por homicídio triplamente qualificado consumado (motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento ideologicamente falso (duas vezes) e associação criminosa armada.
O julgamento teve início na segunda-feira (7). Após a última sessão, que durou 21 horas, a juíza Nearis dos Santos determinou que a prisão seja cumprida inicialmente em regime fechado.
Os filhos
A filha biológica de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, foi condenada a 31 anos e 4 meses, em regime inicialmente fechado, por homicídio triplamente qualificado consumado, tentativa de homicídio qualificado privilegiado e associação criminosa armada.
André Oliveira e Marzy Teixeira da Silva, filhos afetivos de Flordelis, foram absolvidos. Rayane Oliveira, neta da ex-deputada, também foi absolvida.
O caso
Em 2019, o assassinato do Pastor Anderson do Carmo de Souza, a princípio, foi apontado como latrocínio, porém, não havia evidências nas câmeras de segurança de pessoas entrando na residência.
Adiante, as investigações revelaram a existência de um esquema criminoso dentro da estrutura familiar da ex-deputada federal Flordelis.
Mensagem de texto foram encontradas no celular da deputada com os filhos, onde informava que a morte de Anderson “seria a única saída”. “Fazer o quê? Separar dele não posso, se não ia escandalizar o nome de Deus”.
Segundo a Polícia, foi constatado que Flordelis, já havia tentado matar Anderson envenenado em diversas outras ocasiões. No qual o motivo seria o controle financeiro da igreja.
A Polícia Civil apontou na época ao menos 10 pessoas envolvidas na morte do pastor.
Após investigações, a esposa e também pastora Flordelis, foi indiciada como mandante do crime. Devido ao foro privilegiado, não pôde per presa em primeiro momento.
Já os setes filhos do casal que eram suspeitos, não tinham esse privilegio, foram presos pela participação no assassinato.
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