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Vive a menopausa e está com gordura acumulada? Conheça dicas e hábitos pra emagrecer

Fenômeno é natural e gera alterações para o corpo e para a mente

A menopausa é um acontecimento normal. É definida como a última menstruação da mulher, e marca a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo. Antes mesmo de a menopausa ocorrer, pode-se começar a identificar algumas mudanças e sintomas, causados pela queda e pela oscilação na produção dos hormônios pelos ovários.

A falta de informação e de acesso a tratamentos para esse período faz com que a menopausa tenha grande impacto na qualidade de vida da mulher. Estima-se que aproximadamente 80% delas sentirão os calores, mas apenas de 20% a 30% procurarão tratamento adequado.

Estudos estimam que, após a menopausa, ocorra um acúmulo de no mínimo meio quilo por ano. No entanto, ainda não está claro se o aumento de peso ocorre em decorrência de alterações que ocorrem com a evolução da idade, ou como resultado direto das alterações hormonais.

Outras evidências científicas mostram ainda que, no período pós-menopausa, as mulheres têm um aumento na circunferência abdominal e elevação no índice de gordura corporal. O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo cita alguns fatores podem contribuir para isso:

Diminuição do estrogênio

A redução na produção do hormônio sexual estrogênio já na fase que antecede a menopausa altera o equilíbrio metabólico e predispõe ao acúmulo de gordura, especialmente na região da barriga.

O estrogênio regula diretamente as distribuições de adiposidade por meio de receptores de estrogênio. No estado pré-menopausa, a gordura subcutânea tem relativamente mais receptores de estrogênio e progesterona que receptores de andrógenos, enquanto a gordura visceral tem níveis mais altos de receptores de andrógenos.

“Com a menopausa, a queda do estrogênio faz com que os receptores de estrogênio na gordura subcutânea sejam inativados, enquanto os receptores de andrógenos na gordura visceral se torna relativamente ativada, contribuindo, portanto, para a relação inversa entre níveis de estrogênio e gordura visceral.” destaca Ronan Araujo.

Além disso, as células receptoras do estrogênio no organismo também se apresentam alteradas após a menopausa. Como consequência, pode acontecer um aumento na percepção de fome e a diminuição do metabolismo, o que também contribui para o aumento de peso.

Alterações nos hormônios relacionados à fome

Além do efeito da queda do nível de estrogênio na percepção de fome, os níveis de outros hormônios ligados à sensação de saciedade também sofrem alterações no climatério (nome científico que descreve a transição fisiológica do período reprodutivo para o não reprodutivo na mulher. O período do climatério abrange a menopausa, que ocorre com a última menstruação espontânea).

Estudos científicos já mostraram, por exemplo, que mulheres no climatério tiveram um aumento da grelina, hormônio da fome, e uma redução nos níveis da adiponectina, substância que melhora a atividade da insulina e previne o diabetes tipo 2.

Diminuição de gasto energético

Um estudo científico feito na Inglaterra mostrou que mulheres na pós-menopausa apresentam uma taxa de gasto energético menor do que aquelas que ainda estão em idade fértil. Contudo, ainda não se sabe se a causa seria apenas pela redução da prática de atividades físicas, por parte de mulheres nesse período.

Alguns hábitos que irão te ajudar:

  • Fazer atividades físicas;
  • Diminuir as calorias da dieta;
  • Evitar alimentos ultraprocessados;
  • Gaste mais calorias do que consome;
  • Eliminar o açúcar refinado;
  • Dormir entre 7 a 9 horas.

Principais alimentos para adicionar no cardápio:

  • Chás termogênicos;
  • Gengibre;
  • Frutas cítricas, frutas vermelhas e frutas ricas em fibras;
  • Probióticos;
  • Peixes ricos em ômega 3;
  • Vegetais;
  • Grãos e sementes;
  • Iogurtes naturais sem açúcar;
  • Alimentos integrais.

“Vale lembrar a importância de um acompanhamento profissional, realizar exames periódicos e buscar orientações médicas para definir e desenvolver os melhores hábitos e tratamentos para cada caso em específico.” finaliza Ronan Araujo.

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