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Explorando os mitos e fatos por trás da terapia com Ozônio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma lei que autoriza a ozonioterapia em território nacional

Nos últimos tempos, a ozonioterapia emergiu como uma terapia complementar intrigante, ganhando atenção tanto da mídia quanto do público. Embora seja promovida como um tratamento promissor, é fundamental ressaltar que o seu uso permanece altamente controverso, tanto no Brasil quanto no cenário global. Isso ocorre devido à falta de comprovação científica sólida de seus supostos benefícios.

Os riscos associados ao tratamento também são motivo de preocupação, especialmente quando administrado de maneira inadequada por profissionais sem experiência.

Explorando a Ozonioterapia: Origens e Funcionamento

A ozonioterapia possui raízes antigas, remontando ao uso do gás ozônio, descoberto em 1840, que teria sido empregado por soldados alemães para tratar feridas durante a Primeira Guerra Mundial. A técnica evoluiu consideravelmente, adotando a forma atual na década de 1940. No Brasil, a ozonioterapia emergiu em torno de 1980, inicialmente em caráter experimental.

De maneira simplificada, a ozonioterapia envolve a aplicação de uma mistura de ozônio e oxigênio puro, conhecida como ozônio medicinal, em áreas específicas do corpo para tratar doenças específicas, problemas dentários ou feridas. Seu propósito é melhorar a oxigenação dos tecidos e fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celulares acionados em resposta ao estresse oxidativo.

Acredita-se que essa terapia possa aprimorar a circulação, oxigenação sanguínea, bem como intensificar ações anti-inflamatórias e antissépticas. O contato do ozônio com os fluidos corporais supostamente resulta em um aumento de proteínas, glóbulos vermelhos e fornecimento de oxigênio ao corpo.

Múltiplas Formas de Aplicação

A ozonioterapia é aplicada de maneiras diversas, dependendo de seus objetivos terapêuticos. Isso inclui aplicação cutânea, bucal, retal, injeção subcutânea e até auto-hemoterapia, que envolve a extração de sangue, sua mistura com ozônio e, posteriormente, a reintrodução no indivíduo. A duração do tratamento e o número de sessões variam com base na condição clínica e resposta do paciente.

Potenciais Benefícios e Áreas de Exploração

Apesar da ausência de evidências científicas sólidas, a ozonioterapia é frequentemente associada a uma série de doenças e condições, como asma, bronquite, problemas respiratórios, câncer, HIV, hérnia de disco, esclerose múltipla, infertilidade e complicações do diabetes. Além disso, é sugerido que a terapia possa melhorar a imunidade, a circulação sanguínea, reduzir a dor, controlar inflamações e inchaços, além de combater microrganismos.

Embora seja intrigante, a ozonioterapia ainda exige investigações científicas mais aprofundadas para estabelecer sua eficácia e segurança. Enquanto pacientes buscam explorar novas opções terapêuticas, é fundamental abordar essa terapia com cautela, compreendendo suas limitações e incertezas.

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