Saúde

Vacina da dengue: saiba porque idosos precisam de receita médica

Apesar da alta taxa de hospitalização na população idosa, vacina contra a dengue não é indicada oficialmente para maiores de 60 anos

Atualmente, a população idosa apresenta as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil, mesmo que tenha sido excluída da faixa etária prioritária para receber a vacina contra a doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Qdenga, indicada para pessoas de 4 a 60 anos, não inclui estudos de eficácia em idosos em sua bula. Entretanto, em laboratórios particulares, a vacina é administrada mediante prescrição médica.

O geriatra Paulo Villas Boas, em entrevista a Agência Brasil, explicou que a exclusão se deve à falta de estudos em idosos, apesar de óbitos relacionados à dengue ocorrerem mais frequentemente nessa faixa etária. O Brasil registrou 79% dos óbitos pela doença em idosos em 2022, segundo dados da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.

Apesar de não haver risco iminente para idosos vacinados, a prescrição off-label é necessária, uma vez que a demanda pela vacina supera a oferta, mesmo na rede privada. Villas Boas destacou que a Qdenga é uma vacina com vírus atenuado, podendo causar efeitos colaterais em pessoas com imunossenescência, além daqueles que tomam medicamentos que aumentam a imunodeficiência.

Na ausência de uma vacina formalmente indicada para idosos, a prevenção da dengue nessa faixa etária deve se basear nas medidas já conhecidas, como a eliminação de criadouros do Aedes aegypti e o uso de repelentes e roupas adequadas. O debate sobre a inclusão de idosos na vacinação contra a dengue permanece em aberto, com a expectativa de estudos futuros poderem respaldar a imunização nessa população.

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