Saúde

Brasil: 80 mil vidas perdidas pela COVID-19

Doença se alastra para o interior e platô não cai

Mais de 80 mil famílias tiveram de se despedir de forma precoce de seus entes queridos em 2020 por causa do coronavírus. Nessa segunda-feira, o Brasil teve a triste marca alcançada de 80251 pessoas que morreram pela doença.

O COVID-19 segue em alta nas regiões do interior dos estados, gerando lotação nas ocupações dos leitos de UTI, sendo que em alguns casos, as pessoas demoram dias para conseguirem uma vaga de internação. E quando ela aparece, algumas vezes é tarde demais. Os números da média móvel que não sai das mil mortes diárias registradas, prova que o país está no chamado platô, ou seja, que os dados seguem nessa faixa. O problema é que ele não cai. Por enquanto não há uma tendência de queda de infectados e mortos.

O país registrou 718 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 80.251 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.047 óbitos, uma variação de +2% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Sobre os infectados, já são 2.121.645 brasileiros com o novo coronavírus, 21.749 confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 33.384 por dia, uma variação de -12% em relação aos casos registrados em 14 dias.

Os testes para saber qual o índice real da população que contraiu o coronavírus ainda não foram aplicados em massa, como é o mais esperado. Por causa disso a tendência é que os números apresentados de infectados e mortos seja ainda maior.

Na contramão disso as cidades, especialmente as capitais vem tendo uma rotina normal, embora as prefeituras e governos estaduais vem dando todo o esforço possível para conter o avanço e buscar melhorias. Investem na aquisição de equipamentos e na liberação de leitos de UTI para tentar atender a todos os enfermos. Mas a população, que deveria fazer a sua parte em cumprir o isolamento social e fazer o uso da máscara e todo protocolo de higienização, boa parte está longe de cumprir. O que é visto são festas clandestinas, aglomerações e encontros sem necessidade.

E o Governo Federal nessa história? Além de não ter dado um “comando geral” com leis e ações gerais para todo Brasil seguir com a intenção de não ter tantas mortes, recusa algumas ações que vinham dado certo. A última foi o Ministério da Saúde não renovar o contrato com a Universidade Federal de Pelotas. Era ela quem estava a frente da pesquisa para avaliar os efeitos do coronavírus no Brasil. Ministério aliás que há meses não tem um ministro efetivo.

Com tudo isso ficam as perguntas de quantas mortes o Brasil irá ter no final? Será que supera os Estados Unidos? Quando o brasileiro terá a real consciência do que o COVID-19 é capaz de fazer e assim tratar de se proteger? Será que até as vacinas da China e de Oxford ficarem prontas, teremos de ver as realidades assustadoras e tristes em vários cantos do Brasil? É hora de acordar!

 

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