No mês de março, a cidade de Jundiaí contabilizou 51 casos de dengue. Um aumento se comparado com os 32 casos do mesmo mês de 2021. A proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável não só pela transmissão da dengue, mas também da zika, chikungunya e febre amarela, é maior entre os meses de março, abril e momento. Neste período há uma maior circulação viral em vários locais do Estado de São Paulo e do País.
A biomédica da Vigilância em Saúde Ambiental (VISAM), de Jundiaí, Ana Lícia Castro Silva, conta que a cidade tem trabalhado para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença, em especial no bairro do Anhangabaú, que é local com mais casos confirmados até o momento (25, no total). Ela afirma, ainda, que a ajuda da população é fundamental no combate à dengue.
“Nós fizemos trabalhos na região [do Anhangabaú] e encontramos vários focos do mosquito em ralos, piscinas, lonas plásticas, fonte ornamental, planta na água e pratos de vaso, nos imóveis com responsáveis. Infelizmente, o mosquito se infectou com o vírus e mais casos apareceram”, comenta a biomédica. “Muitas pessoas deixam um prato com água nos vasos, para a planta não ficar seca, tornando-se um criadouro. É necessário ter cuidado também com ralos sem saída adequada, bebedouro de animais, garrafas, e inservíveis em geral. O descarte correto elimina os riscos para as famílias”, pontua a especialista.
Segundo o boletim epidemiológico mais recente, disponibilizado pela Unidade de Vigilância em Saúde Ambiental e da Vigilância Epidemiológica (VE), a cidade contabiliza 656 notificações para dengue, sendo 142 confirmados. Desses, 86 autóctones, ou seja, contraídos em Jundiaí. Outros 56 são importados de outras cidades ou estados.
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