Túnel é encontrado embaixo de escola das Nações Unidas na Faixa de Gaza
Local seria utilizado por terroristas e foi selado de maneira permanente
Um túnel feito artificialmente foi encontrado sob a estrutura de uma das escolas gerenciadas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, da sigla em inglês), em Gaza. A própria organização disse em comunicado que considera a escavação como “uma grave violação da neutralidade da agência e também do direito internacional”, e que a cavidade “expõe crianças e funcionários da agência a riscos significativos de segurança e proteção”.
Não ficou claro se a escavação era um túnel ligado a outras passagens subterrâneas ou se havia armas armazenadas em seu interior, e a UNRWA não respondeu a um pedido por mais informações sobre a questão. A área foi isolada e selada permanentemente, de acordo com a agência.
O Hamas, grupo terrorista que controla Gaza, cavou uma extensa rede de túneis sob a região, que são usados para a movimentação de seus agentes ou para armazenar armas, incluindo foguetes e lançadores. Israel acusa o grupo há tempos de esconder armas e infraestrutura em túneis ao redor de escolas, hospitais e prédios residenciais, e túneis e armas foram encontrados em escolas da UNRWA no passado. Um exemplo ocorreu durante os conflitos de 2021 entre Israel e terroristas de Gaza, quando um outro túnel foi encontrado embaixo de uma escola da UNRWA.
O grupo
A UNWRA tem um comprovado histórico de incitação ao ódio contra Israel e o povo judeu, além do enaltecimento do terrorismo. A UNWatch, organização independente de defesa aos direitos humanos com base em Genebra, expôs que mais de 100 educadores e servidores que trabalham para essa agência incitavam publicamente a violência contra israelenses e o preconceito contra judeus nas redes sociais, de acordo com um relatório da organização de agosto de 2021.
Além disso, em outra ocasião, seis professores ligados à UNWRA foram afastados depois que outro relatório expôs que esses funcionários incitaram o antissemitismo e o terrorismo, convocando muçulmanos a “lutar contra os judeus e matá-los” ou glorificando ataques do Hamas contra civis israelenses, por exemplo. A agência também foi acusada de usar livros didáticos antissemitas.
Para André Lajst, cientista político e presidente executivo da StandWithUs Brasil, “é inadmissível que uma organização de ajuda humanitária, cujo objetivo é proporcionar serviços de educação aos refugiados palestinos na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria, propague discursos de ódio e seja, de alguma forma, uma facilitadora para a violência. É necessário ficarmos atentos à influência do Hamas na região e às suas ações, mas também às da UNWRA, cujas ideias antissionistas e antissemitas já foram expostas mais de uma vez”.
Além disso, o especialista em Oriente Médio complementa que “a luz no fim do túnel” na região será sempre a educação, e que, “se o antissemitismo e a glorificação do terrorismo forem ensinados de forma sistemática, é muito difícil imaginarmos uma paz duradoura em Gaza, em curto e longo prazo”.
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