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Primeiro ministro do Líbano renuncia o cargo

Ele também demitiu todo o gabinete por causa dos protestos devido a explosão no Porto

Mais uma vez o Líbano vive uma forte crise. Se já não bastassem os ataques e toda a violência, além de uma grave situação financeira, agora o país não tem um primeiro ministro. Hassan Diab que estava no cargo fez a renúncia nesta segunda-feira (10), por causa da onda de protestos que a população realiza em decorrência da explosão na região portuária de Beirute, ocorrida na última terça-feira.

Em declaração feita, o ex-premier diz que dará “um passo para trás para poder estar com o povo e lutar por mudanças junto com as pessoas”. “Eu declaro hoje a renúncia deste governo”, afirmou ele, acrescentando que quer “ouvir os pedidos da nação por uma mudança real”, diz Hassan.

Diab ainda acusou um grupo, sem citar nomes, de atrapalhar o combate à corrupção na nação. “Há uma classe política que está resistindo por todos os meios para impedir as mudanças. Eles sabiam que éramos uma ameaça para eles”.

“Não aceitamos essas provocações. Criamos um trabalho e, apesar de tudo isso, as vozes e as críticas não cessaram. Nossa esperança era a mudança que os libaneses estão pedindo. Mas entre nós e as mudanças há um muro muito grande protegido por uma classe que luta com meios não muito corretos e domina a sociedade desse país. O sucesso desse gabinete era a mudança. Por isso anuncio a demissão de todo o gabinete. Que Deus abençoe o Líbano”, declarou o premier.

A explosão ocorrida no Porto de Beirute em decorrência do armazenamento irregular de nitrato de amônio deixou mais de 7 mil pessoas feridas e 220 mortos pelo acidente. É mais um grave problema que o Líbano convive. Além da pandemia do coronavírus, há a crise política e econômica como grandes obstáculos.

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