Saúde

Etapa de testes da Sinovac termina

Vacina chinesa tem apresentado boas respostas, mas a verba para aquisição não virá do Governo Federal

Foram concluídos os testes da vacina chinesa Coronavac em 9 mil voluntários. Ela está sendo desenvolvida entre a Sinovac Biotech em conjunto com o Instituto Butantan, de São Paulo. Os resultados destes experimentos serão divulgados ainda nessa semana, mas já é possível saber que a resposta foi positiva e ela criou anticorpos nos pacientes.

A segunda etapa de testes deve receber mais 4 mil voluntários, sendo a maioria com as pessoas acima dos 60 anos e outros perfis. A Coronavac é considerada uma das mais promissoras para combater o coronavírus e a expectativa é que a imunização para todo o Estado comece no dia 15 de dezembro e vá até março. Até o momento 46 milhões de doses estão garantidas graças ao convênio assinado entre o governo paulista e o laboratório da China.

Verba negada

Se por um lado a vacina produzida entre a Sinovac Biotech e o Instituto Butantan vem mostrando boas perspectivas que permitiriam um investimento para a aquisição de mais doses, o mesmo não se pode dizer do Governo Federal.

O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn afirmou que não houve a liberação da verba para a compra da doses e assim fosse feita a distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Por que que uma vacina como a CoronaVac, que está no mesmo pé da de Oxford, aliás está até mais adiantada, está recebendo uma tratativa diferente? Esse foi um questionamento que a gente acabou fazendo e todos os secretários entenderam. Se eu tenho vacinas que estão no mesmo estágio de discussão, por que a de Oxford recebe uma medida provisória com R$ 1,9 bilhão? A gente nem está pedindo esse valor, mas a gente quer um aceno do ministério na aquisição também das vacinas. Isso é algo democrático”, disse o secretário

O governador João Doria (PSDB) foi até Brasília fazer uma reunião com o Ministério da Saúde, explicando a situação e a importância para garantir a verba. O objetivo é que mais de 100 milhões de doses da vacina do Coronavac estejam disponíveis. Caso isso não seja possível, o governo paulista tem uma alternativa para resolver esta questão.

“Nós temos um plano de imunização para o estado, se isso acontecer. Mas eu reforço, não é isso o que nós queremos. Nós queremos que a vacina seja do Brasil, e não de São Paulo. Nós gostaríamos de estender essa vacina para brasileiros e gostaríamos de colocá-la pelo Sistema Único de Saúde para ser distribuída no programa nacional de imunização”, afirmou Jean Gorinchteyn.

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