Desemprego no Brasil bate recorde
Só o período da pandemia tirou mais de 4 milhões de pessoas do emprego

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou um dado alarmante nesta sexta-feira (16). Entre maio e setembro, por causa da pandemia do coronavírus, 4,1 milhões de brasileiros ficaram desempregados. O número é um crescimento de 43%. No total o país soma mais de 14 milhões de pessoas sem trabalho.
A Região Sudeste foi a que mais teve perda de trabalhadores. Ao todo foram 6,3 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Porém a maior alta aconteceu no Nordeste, onde de 2,3 milhões de desempregados, o número saltou para 3,9 milhões. Em porcentagem o crescimento foi de 69%. Depois vem a Região Norte com o número de desempregados que passou de 890 mil para 1,3 milhão sendo um aumento de 46,9%.
O Sudeste registrou alta de 39,2% no número de desempregados, passando de 4,3 milhões para 6,3 milhões. No Centro-Oeste, região com o menor número de desempregados, o número de pessoas buscando emprego aumentou de 819 mil para 1 milhão, o que corresponde a um aumento de 25%. E na Região Sul viu o contingente de desempregados passar de 1,3 milhão para 1,5 milhão, uma alta de 16,5%.
Informalidade tem queda
O levantamento mostrou que o número de trabalhadores informais teve queda de, aproximadamente, 1,6 milhão entre o começo e o fim da pesquisa. Na primeira semana de maio, eram o país tinha cerca de 30 milhões de pessoas trabalhando na informalidade, número que caiu para 28,4 milhões na penúltima semana de setembro. Com isso, a taxa de de informalidade no país caiu de 35,7% para 34,2% no período.
O IBGE considera como trabalhadores informais aqueles profissionais sem carteira assinada (empregados do setor privado e trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores e por conta própria) e sem remuneração.
O órgão enfatiza que a informalidade é a via mais fácil acesso ao mercado de trabalho e por isso tende a ser o primeiro meio de ocupação a reagir diante de uma crise financeira como a estabelecida pela pandemia do coronavírus. Ou seja, a evolução da informalidade ao longo da pandemia indica que há certa estagnação do mercado de trabalho no país.