
A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, estão fazendo nesta quinta-feira (22), a Operação “Triuno”, junto com a Operação “Descarte”. O objetivo é identificar autores dos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação tributária, associação criminosa, embaraço à investigação de crime que envolva organização criminosa, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, falsidade ideológica e apresentação de documento ideologicamente falso.

Ao todo são cumpridos um total de 14 mandados de busca e apreensão em São Paulo e Rio de Janeiro. Além das capitais dos dois estados, a ação também ocorre em Jundiaí, Barueri e em Santo André. Três grupos empresariais que faziam o esquema de pagamento de propina para fiscais federais e um do estado foram identificados. Toda documentação já foi apreendida e passam por análise.
Um dos envolvidos ainda tentou jogar fora o computador, onde tinham as informações do esquema, mas os policiais conseguiram recuperar o equipamento e foi apreendido para as investigações.
Detalhes da investigação
A investigação contou também com o Ministério Público Federal e confirmou que três auditores fiscais fiscalizaram duas empresas em 2014 e 2015. Elas simularam a contratação do escritório de advocacia e de empresas de assessoria ligados aos auditores, para prestação de serviços jurídicos e de consultoria para pagamento de R$ 4,7 milhões.
Esses valores foram convertidos em dinheiro, após transferências para empresas controladas ou relacionadas ao escritório de advocacia. Assim elas chegavam em empresas controladas por doleiros, para pagamento aos três fiscais que não incluíram todos os tributos devidos nas autuações lavradas.
Em novas fiscalizações realizadas pela Receita Federal, foi identificado que outra empresa de um dos grupos empresariais efetuou o pagamento de mais R$ 26 milhões entre 2013 e 2017 por serviços de corretagem de planos de saúde. Parte dos valores foi encaminhado para empresas controladas por doleiros e parte deles teve como destino o exterior.
Além disso, um fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado, apresentou o dono do escritório de advocacia, que era especializado em lavagem de dinheiro ao CEO da época de outra empresa para que fossem gerados recursos para pagamento. Sendo assim, foram simuladas a prestação de serviços de advocacia e assessoria que dessa forma deu o valor de R$ 4,3 milhões, entre 2011 e 2015.
Depois foi verificado que esse CEO era filho do proprietário de uma das empresas que pagaram propina aos fiscais federais. Também foi identificado que esta empresa apresentou documentos ideologicamente falsos para tentar justificar os serviços que não foram prestados.
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