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Ataque terrorista mata três pessoas

Várias pessoas ficaram feridas e suspeito foi preso

Três pessoas morreram ao serem esfaqueadas em um ataque terrorista na manhã desta quinta-feira (29), em Nice, na França. Outras pessoas chegaram a ser feridas na ação. O suspeito foi baleado pelos policiais, em seguida foi preso e levado para o hospital. Neste momento ele está internado e seu estado de saúde é considerado grave.

Segundo o presidente francês, Emmanuel Macron, o ataque foi considerado como um “ato terrorista islâmico” e disse que os franceses não vão abrir mão de seus valores. “É a França que é atacada”, disse Macron em entrevista coletiva na cidade da Riviera Francesa.

Já o prefeito de Nice, Christian Estrosi, afirmou que o suspeito foi baleado e preso. Ele disse que o homem teria gritado “Allahu Akbar” (Deus é grande) durante a abordagem policial.

Ele ainda afirmou que “é hora de a França se exonerar das leis da paz para erradicar definitivamente o islamo-fascismo de nosso território“.

Providências

A Procuradoria antiterrorismo do país abriu uma investigação sobre o incidente, que ocorreu por volta das 9 horas (6 horas no horário de Brasília).

O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, convocou uma reunião do gabinete de crise com a presença do presidente Emmanuel Macron, antes do chefe de estado embarcar para Nice.

Segundo a imprensa local, uma das vítimas foi decapitada e o suspeito está internado em estado grave. Após o ataque em Nice, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, elevou o alerta de segurança do país ao nível máximo e disse que a resposta do governo será firme e implacável.

Histórico de terrorismo

Não é de hoje que a França sofre com atentados terroristas de pessoas que se dizem muçulmanas. Há vários anos estes casos vem sendo constantes. Relembre eles:

2020

  • 6 de outubro de 2020: o professor Samuel Paty foi decapitado no subúrbio de Paris após mostrar charges do profeta Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão. Os muçulmanos acreditam que qualquer representação de Maomé é uma blasfêmia. O agressor de 18 anos foi morto a tiros pela polícia.
  • 25 de setembro de 2020: duas pessoas foram esfaqueadas e feridas perto da antiga redação da revista “Charlie Hebdo”. O ataque ocorreu ao mesmo tempo em que 14 pessoas eram julgadas por cumplicidade pelo atentado de 2015. Por questões de segurança, a redação do semanário mudou para um local não informado após o primeiro atentado.

2019

  • 3 de outubro de 2019: um especialista em TI com autorização para trabalhar na sede da polícia de Paris matou três policiais e um funcionário civil antes de ser morto pela polícia. Ele havia se convertido ao Islã 10 anos antes.

2018

  • 23 de março de 2018: um homem armado matou três pessoas no sudoeste da França depois de assaltar um carro, atirar na polícia e fazer reféns em um supermercado. As forças de segurança invadiram o local e o mataram.

2016

  • 26 de julho de 2016: dois agressores mataram um padre e feriram gravemente outro refém em uma igreja no norte da França antes de serem mortos pela polícia. François Hollande, o presidente da França na época, disse que os sequestradores juraram fidelidade ao Estado Islâmico.
  • 14 de julho de 2016: um homem armado dirigiu um caminhão pesado contra uma multidão que comemorava o Dia da Bastilha em Nice, matando 86 pessoas e ferindo várias outras em um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico. O agressor era um cidadão francês nascido na Tunísia.
  • 14 de junho de 2016: um francês de origem marroquina esfaqueou um comandante da polícia até a morte em um subúrbio de Paris e matou seu parceiro, que também trabalhava para a polícia. O agressor disse à polícia que estava respondendo a um apelo do Estado Islâmico.

2015

  • 13 de novembro de 2015: Paris foi atingida por uma série de ataques com armas e bombas que deixaram mais de 120 mortos e 350 feridos. Os atentados ocorreram simultaneamente no estádio Stade de France, e na casa de shows Bataclan – além de vários outros locais da cidade.
  • 7 a 9 de janeiro de 2015: homens armados invadiram a redação da revista satírica “Charlie Hebdo” e mataram 12 pessoas. Outro assassino matou uma policial no dia seguinte e fez reféns em um supermercado em 9 de janeiro, matando quatro pessoas antes de ser morto pela polícia.

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