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Vice-presidente afirma. “Não existe racismo no Brasil”

Declaração foi dada após repercussão sobre a morte de negro em supermercado

A morte de João Alberto Silveira Freitas, após ter sido agredido em um hipermercado de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, gerou uma enorme repercussão. O assunto chegou até o Palácio do Planalto, mas a resposta foi totalmente diferente do esperado. Perguntado sobre o caso, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão respondeu que era “lamentável”, mas afirmou que “não existe racismo no Brasil”

Por diversas vezes foi questionado, mas Mourão negou que o crime tenha sido causado por motivações raciais. “Lamentável, né? Lamentável isso aí. Isso é lamentável. A princípio, é segurança totalmente despreparada para a atividade que ele tem que fazer. Para mim, no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar aqui para o Brasil. Isso não existe aqui”, afirmou aos jornalistas.

Mais de uma vez

Após ter mais perguntas insistentes sobre a morte de João Alberto, o vice-presidente respondeu desta forma. “Eu digo para vocês o seguinte, porque eu morei nos EUA: racismo tem lá. Eu morei dois anos nos EUA, e na escola em que eu morei lá, o ‘pessoal de cor’ andava separado, o que eu nunca tinha visto isso aqui no Brasil. Saí do Brasil, fui morar lá, era adolescente e fiquei impressionado com isso aí. Isso no final da década 60”, disse.

“Mais ainda, o pessoal de cor sentava atrás do ônibus, não sentava na frente do ônibus. Isso é racismo, aqui não existe isso. Aqui você pode pegar e dizer é o seguinte: existe desigualdade. Isso é uma coisa que existe no nosso país”, prosseguiu Mourão.

Relembre o caso

João Alberto Silveira Freitas foi espancado e morto por dois seguranças brancos em um hipermercado da rede Carrefour em Porto Alegre, na quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra.

Os suspeitos foram presos em flagrante. Assim, o policial militar Giovani Gaspar da Silva foi encaminhado para um presídio militar; enquanto que o segurança de loja, Magno Braz Borges, foi levado para um prédio da Polícia Civil.

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