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Lenda da TV americana, Larry King, morre aos 87 anos

Ele estava internado se tratando contra a COVID-19

A lenda da TV dos Estados Unidos, Larry King morreu neste sábado (23), aos 87 anos. King. Ele era o responsável por comandar um tradicional programa de entrevistas na CNN americana há mais de duas décadas.

“É com profundo pesar que a Ora Media anuncia a morte de nosso co-fundador, apresentador e amigo Larry King, que morreu nesta manhã aos 87 anos no Centro Médico Cedros Sinai de Los Angeles”, diz um comunicado publicado no Twitter.

King estava internado desde o início do mês por conta de complicações do coronavírus. Ele tinha diabetes do tipo 2, um dos fatores de risco para a COVID-19, e retirou um câncer de pulmão em 2017.

Em 2020 ele perdeu dois de seus filhos, Andy e Chaia, de forma repentina. Andy sofreu um ataque cardíaco no final de julho e, menos de três semanas depois, Chaia morreu por complicações de um câncer de pulmão que ela recém havia sido diagnosticada. King deixa três filhos.

Carreira

Com mais de 60 anos de carreira, King começou sua trajetória profissional como locutor esportivo em uma rádio local no estado da Flórida em 1957. “Larry sempre viu seus entrevistados como verdadeiras estrelas de seus programas, e ele mesmo como um canal imparcial entre o convidado e o público”, disse sua produtora, Ora Media, em um comunicado.

Dalai Lama, Elizabeth Taylor, Mikhail Gorbachev, Barack Obama, Bill Gates e Lady Gaga são alguns dos muitos que já se sentaram à famosa mesa do seu talk show. “Se ele estava entrevistando um presidente dos EUA, líder estrangeiro, celebridade, personagem cheia de escândalos, ou um homem comum, Larry gostava de fazer perguntas curtas, diretas e descomplicadas.”

Ao todo foram mais de 50 mil entrevistas transmitidas, segundo uma estimativa feita pela agência de notícias Associated Press.

Momentos marcantes

O apresentador, que não se identificava como jornalista, foi responsável pela cobertura – em tempo real – da perseguição policial ao carro do jogador de futebol americano O.J. Simpson, que era suspeito de ter matado sua ex-mulher Nicole Brown.

Por meses seu programa deu espaço para os advogados de defesa e acusação. Quando Simpson foi inocentado, a primeira entrevista que ele concedeu em liberdade foi a King por sua “cobertura limpa e imparcial”.

King não fazia perguntas difíceis ou técnicas para importantes figuras políticas. Mas sempre que possível, ele dava pequenas alfinetadas para estimular seus convidados a dizerem coisas interessantes sobre si mesmos.

Para o ex-presidente Richard Nixon, ele perguntou uma vez: “Quando você dirige pela ponte Watergate, você se sente estranho?”. O republicano havia renunciado depois de denúncias de corrupção durante seu mandato que ficaram conhecidas como o Caso Watergate.

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