A integração religiosa ocorrida na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Jundiaí, teve um preço caro. O padre católico que celebrou a missa de Quarta-Feira de Cinzas com um pastor evangélico foi afastado das funções.
José Carlos Pedrini era o pároco da igreja e convidou o representante da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil para a celebração. O evangélico participou da missa, inclusive distribuindo a comunhão aos fieis católicos. A Diocese de Jundiaí abriu uma investigação e informou que, “conforme a vigente legislação da Igreja em situações como esta, enviamos o ocorrido à Congregação para a Doutrina da Fé, em Roma, a fim de que nos seja indicado qual o caminho a seguir”.
O caso ainda está sendo avaliado, mas por enquanto o padre foi afastado. Em seu lugar Giuseppe Bortolato foi chamado para cuidar da Paróquia Coração de Jesus. A Diocese divulgou uma nota sobre o caso, justificando que a participação de um ministro não integrante da Igreja Católica é proibida.
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“Lamentamos sinceramente o acontecimento que gerou, com razão, grande desorientação e divisão entre os fiéis”.
“Uma inadequada compreensão das iniciativas relacionadas ao sempre louvável diálogo ecumênico talvez esteja na base de seu impulso. Importa salientar, portanto, que sua ação parece não derivar da consciência expressa de querer desobedecer às normas da Igreja Católica ou ferir a sacralidade da Santíssima Eucaristia.”
“Continuamos a acreditar firmemente no diálogo ecumênico sadio e autêntico com outras comunidades cristãs, tão defendido pelo Concílio Vaticano II e pelos pronunciamentos dos últimos Papas, a fim de podermos atender à prece de nosso Senhor Jesus Cristo: ‘Que todos sejam um’ (Jo 17,21). E renovamos nossos sentimentos de fraterna estima pela Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, que, na pessoa de um de seus pastores, malgrado seu, se viu envolvida numa situação que nos é tão sensível”, completa escreveu Dom Vicente Costa.
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