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Ex-presidente Lula pode ser elegível novamente

Condenações da Lava Jato são anuladas pelo STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, anulou nesta segunda-feira (8) todas as condenações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso ele recupera os direitos políticos e poderá ser elegível novamente.

Os julgamentos envolvem os casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia, além das doações destinadas ao Instituto Lula. Segundo o STF, a 13ª Vara Federal do Paraná não tinha a competência para o julgamento, já que o titular era o ex-juiz federal Sérgio Moro e para a ocasião não deveria ser o “juiz natural”.

Além disso, Edson Fachin declarou a “perda do objeto” e ainda extinguiu 14 processos que tramitavam no Supremo e questionavam se o Moro agiu com parcialidade ao condenar Lula. A decisão de Fachin tem caráter processual. O ministro não analisou o mérito das condenações.

“Embora a questão da competência já tenha sido suscitada indiretamente, é a primeira vez que o argumento reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo Supremo Tribunal Federal”, diz nota divulgada pelo gabinete do ministro.

O futuro

Agora, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.

“Com a decisão, foram declaradas nulas todas as decisões proferidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e determinada a remessa dos respectivos autos para à Seção Judiciária do Distrito Federal”, diz a nota do gabinete do ministro.

“Inicialmente, retirou-se todos os casos que não se relacionavam com os desvios praticados contra a Petrobras. Em seguida, passou a distribuir por todo território nacional as investigações que tiveram início com as delações premiadas da Odebrecht, OAS e J&F. Finalmente os casos envolvendo a Transpetro (subsidiária da própria Petrobras) também foram retirados da competência da 13ª Vara Federal de Curitiba”, diz a nota.

De acordo com o texto, nas ações penais envolvendo Lula, assim como em outros processos julgados pelo plenário e pela Segunda Turma do STF, “verificou-se que os supostos atos ilícitos não envolviam diretamente apenas a Petrobras, mas, ainda outros órgãos da Administração Pública”.

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