Direitos HumanosJundiaí

Jundiaí promove evento no Dia Internacional contra a Homofobia

Iniciativas visando garantir os direitos e a proteção contra a violência são abordados

Nesta segunda-feira (17) é lembrado em Jundiaí, mas também no mundo todo, o Dia Internacional contra a Homofobia. A data serve de reflexão e de luta para garantir o respeito e os direitos que as pessoas do movimento LGBTQIA+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer, Intersexo e Assexual) possuem.

Segundo a assessora de Políticas para Diversidade Sexual de Jundiaí, Kelly Cristina Galbieri, há projetos em andamento que atendem diretamente o segmento da Diversidade, dentre eles, o “O Amor Vence”, que reúnem familiares e responsáveis para orientação, e o “Primeiros Passos”, que promove o acolhimento de jovens e adultos LGBTQIA+.

Além disso, há o encaminhamento para atendimento médico, qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho, entres outros. Mas em função da pandemia de Covid-19, tanto os encontros mensais promovidos dentro dos projetos, como o atendimento estão sendo feitos de maneira remota.
Para marcar a data, Kelly participa como convidada de uma live pela Editora In House, que reunirá autores jundiaienses da comunidade LGBTQIA +. A transmissão será às 19h30, nesta segunda (17), pelas redes sociais da editora.
Casos de homofobia

A homofobia é considerada como o medo, aversão, ou ódio irracional aos homossexuais, e, por extensão, a todas as pessoas que manifestem orientação sexual ou identidade de gênero diferente dos padrões heteronormativos, podendo refletir em casos de xingamentos, agressões físicas e morais.

Levantamento da Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia divulgado sexta (14) registrou a ocorrência de 237 mortes violentas de LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) em 2020 no Brasil. Foram 224 homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%).

Gil do Vigor

Na última semana, um caso de homofobia chamou atenção da mídia. O ex-participante do Big Brother Brasil, Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, foi convidado a conhecer o estádio do Sport, time do coração e, durante a visita, ele fez uma dança da sua famosa coreografia. Só que momentos depois, surgiu um áudio de conselheiros do clube foi divulgado pelo WhatsApp.

“Se ele tivesse feito essa dancinha na casa dele ou no bordel, eu não estava nem aí. Foi dentro da Ilha do Retiro, né rapaz? Isso é uma desmoralização! Isso é ausência de vergonha na cara. É isso que estamos vivendo. Não tem mais respeito por pai e filho”, disse o membro Flávio Koury.

Por causa da atitude de Flávio, o deputado Romero Albuquerque solicitou a expulsão do conselheiro do Sport e também uma reunião para tratar sobre o assunto. De acordo com Romero, a diversidade faz parte da democracia. “Pensamentos como os de Flávio Koury, não. O Sport fez 116 anos ontem, e nossa história é plural. O time é de brancos, negros, héteros, homossexuais, de todos. Isso construiu o maior do Nordeste”.

Logo após o ocorrido, Gil se manifestou nas redes e recebeu o apoio de diversas personalidades, como Pablo Vittar, Lula, Ciro Gomes, Juliette, Fiuk e Deborah Secco, entre outros.

Origem da data

A criação da data foi em decorrência do marco ocorrido em 17 de maio de 1990, em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. No Brasil, esta data está incluída no calendário oficial do país desde 2010.

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