Alergia alimentar é uma questão de saúde pública e a incidência tem aumentado entre as crianças. Em virtude da importância do tema, a Unidade de Gestão de Educação, por meio do Departamento de Alimentação e Nutrição, promoveu o seminário on-line “Conscientização sobre Alergia Alimentar”.
A alergia alimentar não é muito discutida. O país não dispõe de políticas públicas para o cuidado de crianças alérgicas e o objetivo é criar para Jundiaí política pública sobre o tema. “Hoje, 149 crianças apresentam quadro de alergia alimentar na rede municipal de ensino e entendemos a necessidade de criar um projeto que atenda esses alunos, suas famílias e a equipe gestora da escola. O seminário foi o primeiro passo para o projeto “Escola Amiga da Alergia”, que vai trabalhar a alergia no ambiente do ensino municipal”, explicou a diretora do Departamento de Alimentação e Nutrição, Maria Angela Delgado.
Por meio do programa, será estabelecido um fluxo, elaborado um plano de ação e criada uma referência em cada escola para receber as crianças alérgicas, que também será multiplicadora do tema.
Os convidados do seminário sobre alergia alimentar
Érika Campos Gomes, criadora do projeto “Escola Amiga da Alergia” falou sobre a “Experiência exitosa nos cuidados com alérgicos, na área de alimentação escolar”. Durante a exposição ela comentou sobre boas práticas encontradas referentes ao assunto. Lembrou também que a Jundiaí atua em quatro pilares para melhorar a gestão da alergia alimentar: elaboração de plano de cuidados; implementação de práticas de prevenção para minimizar riscos; treinamento de toda a equipe escolar para reconhecimento e gerenciamento das reações alérgicas e conscientização e educação dos alunos com e sem alergia e da comunidade escolar.
A alergista e imunologista Ariana Yang, médica do Hospital das Clínicas e Unicamp, também diretora do Instituto de Alergia de Campinas, ministrou a palestra. “Meu filho é alérgico e agora? Ariana alertou que em alguns casos, o sistema imune reconhece qualquer quantidade de proteína alimentar. E lembrou que a gravidade tem variação de acordo com cada tipo de alergia. O cuidado deve ser constante”.
O seminário ainda contou com a participação da nutricionista Carina Scapinelli, pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva Funcional, Fitoterapia. Nutrição Ortomolecular com base em nutrigenômica, especializada em Nutrição Materno Infantil. Ela falou sobre “Alergias e os aspectos nutricionais” e abordou sobre questões da hipersensibilidade alimentar. Também sobre as manifestações clínicas das reações, diagnóstico e tratamento, além de sugestões de mudanças de hábitos.
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