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Menina nasce por milagre e vai à cerimônia no Vaticano

Família de Várzea Paulista esteve na beatificação de um padre que foi invocado pelos pais

A família de Várzea Paulista levou a pequena Lívia Maria Cardoso da Silva até o Vaticano, na Itália, para um agradecimento especial. Eles participaram da cerimônia de beatificação de um padre, após ter sido desacreditada pela medicina e recorrido à fé para que a menina nascesse com saúde. E o milagre aconteceu.

Tudo começou em 2014, quando Gisele Cardoso Santos Silva e seu marido, Fernando Ferreira da Silva esperavam a criança. Mas a gravidez foi delicada porque o crescimento da Lívia não ocorria conforme o esperado. Além disso, os médicos disseram que a probabilidade dela não nascer era enorme e mesmo se nascesse, teria diversos problemas de saúde.

Foi aí que o casal, que é integrante da comunidade Salvatoriana, rezou e pediu constantemente para o Padre Francisco Jordan, fundador da associação, intercedesse a Jesus por um milagre. Gisele descreveu o momento do drama vivido e do apelo à fé. “O tempo de gestação não estava de acordo com o tamanho dela. Ficamos bem abalados, choramos bastante e, quando eu entrei no carro, a primeira coisa que falei para o Fernando foi: ‘Padre Jordan vai nos ajudar'”, diz.

A mulher explica que quando voltaram para a casa da mãe dela, um livro e uma foto do Padre Jordan ao lado de Nossa Senhora foi encontrado. “Aquilo, para nós, foi como um sinal de que ele estava conosco e que Deus iria nos ajudar”, conta.

Após saber da notícia, Gisele fez diversos exames e sempre recebia o mesmo diagnóstico. Ela também descobriu que tinha um tumor na placenta. Mas, mantendo a fé, pediu orações para familiares, amigos e para a comunidade salvatoriana. “Todos começaram a rezar por nós e, em todos os exames, eu levava uma medalhinha do Padre Jordan, pedindo sua intercessão”, explica.

O nascimento de Lívia

Lívia nasceu prematura de oito meses no dia 8 de setembro de 2014. A mãe teve um breve contato com a filha, que, em seguida, foi levada para a UTI, onde permaneceu por aproximadamente 11 dias. “Eu consegui vê-la só no outro dia, mas meu esposo foi lá e a viu. Eu perguntei como ela era e ele falou chorando: ‘ela é linda, ela é perfeita'”, conta Gisele.

A criança não possuía nenhum problema de saúde, contrariando todos os prognósticos negativos dos médicos. Hoje, aos seis anos, é exemplo no testemunho dos pais na comunidade sobre o que eles consideram um milagre.

Gisele conta que a ideia de testemunhar surgiu após conversar com sua médica no momento de retirar os pontos do parto. “A doutora falou: ‘Gisele, seu caso foi um milagre. Você tem que testemunhar’. E nós estamos aqui”, diz.

A família atribui o milagre à intercessão do Padre Jordan, o qual sempre admirou. “Nos chamava a atenção a vida santa que ele tinha. Para nós, ele sempre foi um santo”, explica a mulher.

A beatificação do padre

Padre Jordan foi beatificado no dia 15 de maio, na Basílica de São João de Latrão, no Vaticano. A família de Lívia esteve presente na cerimônia.

Imagem de Padre Jordan: Créditos: Arquivo Pessoal.

Segundo a Igreja Católica, o próximo passo é a santificação. Mas, para isso acontecer, casos como o de Lívia precisam ser comprovados como milagres.

Em 1881, o padre criou a Associação Salvatoriana, que está presente em cidades como Várzea Paulista e Jundiaí.

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