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Famílias denunciam fornecimento de alimentação seca nas escolas de Itatiba

Alimentação seca não é suficiente para garantir boa alimentação para as crianças na merenda

Os pais e responsáveis dos alunos da rede municipal de Itatiba estão preocupados com a volta as aulas. Além do perigo da pandemia, a alimentação nas escolas tem causado dor de cabeça para os pais e barriga vazia nas crianças. Tudo porque a merenda servida no intervalo não tem sido suficiente para alimentar os alunos. Detalhe, boa parte deles contam com apenas essa refeição ao longo do dia: em vez de comida, bolacha de água e sal.

Um levantamento do cardápio fornecido em escolas da região em agosto mostra que os municípios vizinhos optam por refeições com arroz, feijão e carne. Já as 60 escolas de Itatiba teriam servido a chamada “merenda seca” para quase 15 mil alunos.

O kit entregue individualmente tem um pacote de bolacha (de água e sal ou de maisena) e uma caixinha suco industrializado. Podem vir com uma barra de cereal ou uma fruta. Mas é apenas só. A bronca dos pais envolvem todas as séries. Eles estão inconformados em mandar os filhos para a escola, porque sabendo que vão passar por mais de 5 horas na sala de aula, mas sem uma alimentação digna que pode comprometer os estudos e a saúde.

A recomendação do Ministério da Educação (MEC) é para que as prefeituras optem por cardápios variados e balanceados, com pães e cereais; feijões; frutas e hortaliças; carnes; leites e derivados. Uma refeição típica poderia ter arroz, feijão, carne de frango, uma salada com alface e toma e uma fruta, por exemplo.

Por outro lado, o MEC também alerta: o excesso de produtos industrializados prejudica a qualidade da alimentação das crianças.

Por que faz diferença?

Os alunos passam, em média, cinco horas no ambiente escolar, chegando por volta das 7h e voltando para suas casas um pouco depois do meio-dia. Já os que estudam no período da tarde chegam as 13h, deixando a unidade de ensino após as 18h.

O período é bastante extenso e a alimentação ajuda os alunos na se concentrarem e reterem o conteúdo. No aspecto social, muitas famílias em situação de vulnerabilidade, agravada pela pandemia e pela alta no preço dos alimentos, não conseguem fornecer almoço ou janta com a quantidade suficiente de nutrientes. Nesse sentido, a escola supria, também, o que faltava em casa.

Procurada para comentar e esclarecer quando as merendeiras voltarão às escolas para o preparo de um cardápio adequado, a prefeitura de Itatiba não enviou resposta até a publicação desta reportagem.

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