Paralimpíadas

Que comecem as Paralimpíadas de Tóquio

Até 5 de setembro os paratletas darão um show nas apresentações. Brasil é potência em diversas modalidades

Mais uma vez Tóquio, no Japão é o centro mundial dos esportes. Agora para a realização das Paralimpíadas, que teve a largada dada nesta terça-feira (24). O evento esportivo vai até 5 de setembro e os paratletas prometem mostrar ao público um show de habilidades, quebras de recordes e disputas bem emocionantes. O Brasil chega como candidato a conquistar inúmeras medalhas de ouro em diversas modalidades.

Assim como os Jogos Olímpicos, a cerimônia de abertura não pôde contar com a presença do público por causa da pandemia do coronavírus. Ainda assim, a festa foi belíssima e além de levar mensagens de respeito, inclusão e de incentivo das conquistas dos paratletas, também houve uma bela homenagem ao Afeganistão.

O enredo da parte artística teve como fio condutor a história de um avião de apenas uma asa. Na metáfora lúdica, a pequena aeronave tinha desistido de tentar voar. Ela se anima ao ver outros seis aviões com diferentes características/deficiências e ao deixar o “para aeroporto” e ver outros exemplos encorajadores. É incentivada a sonhar, realizar e alçar voo independentemente de suas aparentes limitações.

O cenário montado para a abertura das Paralimpíadas pôs em prática a acessibilidade em pequenos detalhes. A pira foi exposta em uma plataforma mais baixa do que na cerimônia das Olimpíadas, para que ficasse à altura dos olhos dos atletas, em grande parte cadeirantes. O deslocamento sobre rodas, inclusive, se mostrou possível pela presença de rampas.

A entrada dos Agitos, símbolos das Paralimpíadas, foi emocionante. Formados por balões vermelho, azul e verde gigantes, refletiram exatamente a ideia de sua essência, o conceito de “eu me movimento”. Os 22 esportes do programa dos Jogos, incluindo os estreantes parabadminton e parataekwondo, foram representados em vídeo.

Desfile do Brasil

Devido a pandemia, a delegação brasileira levou um número reduzido de paratletas. O Comitê Paralímpico Brasileiro selecionou Petrúcio Ferreira (atletismo) e Evelyn Oliveira (bocha) como porta-bandeiras, e Alberto Martins (diretor técnico do CPB) e Ana Carolina Alves (técnica da classe BC4 da bocha e staff de Evelyn) completaram o número mínimo exigido.

A alegria da dupla de atletas era evidente, e Petrúcio puxou uma dancinha animada para extravasar a emoção e foi tietado por um estrangeiro. Vale lembrar que o paraíbano é o atleta paralímpico mais rápido do mundo e ostenta o título de campeão paralímpico dos 100m na classe T47 na Rio 2016, além de bicampeão mundial nas edições de 2017 e 2019 e recordista mundial na distância.

Evelyn também foi medalha de ouro na Rio 2016 nas duplas mistas da bocha na categoria BC3 ao lado de Antônio Leme, o Tó – Evani da Silva foi reserva. Ao todo o Brasil terá 253 atletas competindo Tóquio, número menor apenas do que o dos anfitriões.

A abertura dos Jogos

A abertura dos Jogos foi declarada oficialmente pelo imperador Naruhito, logo após discursos da presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Seiko Hashimoto, e do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), o brasileiro Andrew Parsons.

“Nós agora vamos além das memórias dos Jogos Olímpicos para receber os Jogos Paralímpicos. (…) Todo mundo passou por enormes desafios na pandemia de Covid-19. Gostaria de expressar minha gratidão a todos, inclusive àqueles dos serviços médicos. Gostaria de agradecer a todos que trabalharam tão duro para que estes Jogos pudessem acontecer. Vamos continuar tomando todas as medidas de prevenção da Covid 19”, disse Hashimoto.

Andrew Parsons também reforçou os desafios impostos pela pandemia e reforçou a necessidade de união entre os povos e para usar as diferenças como fator de inclusão, não de discriminação.

“Não posso acreditar que finalmente estamos aqui. Mas graças aos esforços de muitos o evento mais transformativo do planeta está prestes a começar. Os Jogos certamente são uma plataforma de mudança, mas apenas a cada quatro anos não é suficiente. Cabe a todos e a cada um de nós fazer a sua parte para fazer uma sociedade mais inclusiva”.

“Quando a humanidade deveria se unir contra a Covid-19 houve um desejo destrutivo de quebrar essa harmonia. Vendo o que nos une, focar nos fatores que nos diferenciam, alimenta a discriminação. Isso enfraquece o que queremos alcançar como raça humana. A diferença é uma força, não uma fraqueza. O mundo pós pandêmico deve abarcar uma sociedade onde as oportunidades existam para todos”.

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