Brasil fatura mais seis medalhas nas Paralimpíadas de Tóquio
Thalita Simplício foi o nome do dia ao conquistar a prata

Mais um dia de conquistas importantes nas Paralimpíadas de Tóquio que o Brasil teve. Neste sábado (28), foram seis medalhas ganhas, sendo uma de prata e cinco de bronze. O destaque brasileiro vai para a corredora Thalita Simplício.

A brasileira fez bonito na prova dos 400m T11, voltada para deficientes visuais. Ela cruzou a linha de chegada em segundo com o tempo de 56s80. O ouro ficou com a chinesa Cuiqing Liu, com 56s25. Já o bronze foi para a colombiana Angie Lizeth Mamian, com 57s46. Thalita foi guiada por Felipe Veloso da Silva.
Só que a comissão técnica brasileira detectou uma suposta irregularidade na corrida de Cuiqing Liu. Caso entrasse com recurso, a chance de herdar o ouro é grande. Mas o Brasil informou que não pretende entrar com recurso contra o resultado.

Também no atletismo feminino, mas no lançamento de disco F57, Julyana da Silva faturou a medalha de bronze. A brasileira alcançou a marca de 30,49 na terceira tentativa, conquistando assim o terceiro lugar. O ouro foi para a atleta do Uzbequistão Mokhigul Khamdamova, com 31,46m. Já a prata ficou com a argelina Nassima Saifi, com 30,81m. A prova também teve a participação da brasileira Tuany Siqueira, que terminou em 11° com 21,30m.
Por fim, no lançamento de dardo classe F57, para atletas com comprometimento nos membros inferiores, Cícero Nobre conseguiu bater o recorde paralímpico e chegou a estar na frente obtendo a marca de 49,56m. O ouro estava bem próximo, até que azeri Hamed Heidari e do iraniano Amanolah Papi obterem marcas melhores. O brasileiro ficou com a medalha de bronze, mas a alegria de Cícero foi grande, porque foi a primeira medalha olímpica conquistada.
Outras conquistas
Ainda falando em atletismo nas Paralimpíadas de Tóquio, o Brasil conseguiu herdar uma medalha paralímpica. Tudo porque na prova do revezamento 4×100 livre misto na natação, a equipe terminou em quarto lugar na final. Só que o Comitê Paralímpico Russo, que estava no pódio, foi desclassificado devido a irregularidade. Assim o Brasil ficou com o bronze após alcançar a marca de 3min51s23. O ouro ficou com a Grã-Bretanha, com 3min40s63 (recorde mundial) e a prata com a Austrália (3min46s38).
No judô, o Brasil fez história e conquistou pela primeira vez uma medalha na modalidade paralímpica. A autora da façanha foi Lúcia Araújo, que levou o bronze. Ela venceu a Natalia Ovchinnikova, pela categoria até 57 kg, por ippon.

A brasileira chegou às semifinais da categoria depois de vencer argentina Laura Gonzalez com ippon. No entanto, deixou a vaga na final escapar para Parvina Samandarova, do Uzbequistão, número 2 do mundo, que venceu com um wazari e imobilização aos 13 segundos de luta. Apesar do resultado, a brasileira não desistiu e voltou para o Nippon Budokan para lutar pelo bronze. Desta vez, ela sairia dali apenas com a medalha no peito. A primeira do Brasil no judô das Paralimpíadas de Tóquio.
Por fim, o Brasil já garantiu duas medalhas no tênis de mesa. Primeiro foi o bronze conquistado por Catia Oliveira. Ela perdeu na semifinal para a sul-coreana Su-Yeon Seo. Mas como não há disputa de terceiro lugar na modalidade paralímpica, a brasileira garantiu o bronze.
A outra medalha virá com Bruna Alexandre, que venceu por 3 sets a 1 da classe 10 a competidora do Taiwan, Shiaun Wen Tien. A brasileira será finalista contra a australiana Qian Yang. Resta saber se será o ouro ou a prata.
LEIA TAMBÉM
Sem contar com os atletas da Europa, Tite chama nove jogadores para a Seleção Brasileira