A Polícia Federal, junto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU), deflagrou nesta semana, a Operação Nácar-19. Ela acabou resultando na prisão do prefeito de Guarujá, Válter Suman e do secretário de Educação, Marcelo Nicolau. O objetivo era aprofundar a apuração de indícios de fraudes na coPolícia Federal Operação Nácarntratação, pela prefeitura de Organizações Sociais e empresas para atuar na área da saúde.
Entre as medidas estão o bloqueio de R$ 7.058.766,17 de bens e valores de envolvidos. Durante as buscas, foram apreendidos quase R$ 2.000.000,00, em quatro endereços relacionados aos investigados. Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, se somadas, podem variar de 12 a 46 anos.
Segundo a Polícia Federal, a investigação tem como objetivo o combate de possíveis crimes de desvios de recursos públicos e outros crimes correlatos, praticados por grupo criminoso, inclusive, envolvendo verbas federais destinadas ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.
Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão. Mas além de Guarujá, também foram realizadas buscas nas cidades de São Bernardo do Campo, São Paulo e Nova Iguaçu. Ao todo participaram da ação 125 policiais federais e 6 auditores da Controladoria-Geral da União.
Operação Nácar-19
Nácar é a substância liberada pela ostra para se proteger e conter o corpo estranho, formando assim a pérola. O nome da operação é uma alusão ao processo de contenção de ações criminosas no município do Guarujá, conhecido como Pérola do Atlântico, e 19 é o evento (Covid-19) que motivou a destinação dos recursos públicos federais, possivelmente desviados.
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