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Ex-governador de São Paulo, Márcio França, é alvo de operação da Polícia Civil

Político alega que ação é de 'cunho político eleitoral' contra ele

A Polícia Civil realiza uma operação contra supostos desvios na área da saúde. Um dos investigados é o ex-governador de São Paulo, Márcio França. As buscas ocorrem nas regiões de Araçatuba, Bauru, Campinas, na Capital, em Presidente Prudente e principalmente na Baixada Santista, na cidade de São Vicente, onde Frnaça já foi prefeito.

Ao todo, os policiais estão cumprindo 34 mandados de busca e apreensão e além de Márcio França, o irmão dele, Cláudio França também é um dos investigados. A operação é de responsabilidade da Polícia Civil, o Ministério Público e a Corregedoria Geral da Administração e é mais uma etapa da chamada Operação Raio-X. Ela está apurando os crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.

Segundo a apuração realizada pela Polícia Civil e pela Controladoria Geral do Estado, membros de uma organização criminosa desviaram dos cofres públicos aproximadamente R$ 500 milhões, valores estes que tinham por destino a utilização em aparelhos públicos prestadores de serviços de saúde.

Márcio França é pré-candidato ao governo do estado de São Paulo em 2022. Em 2020, França concorreu à Prefeitura da Capital. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), “as investigações tramitam sob segredo de Justiça e mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”.

Entenda a investigação

egundo o relatório da investigação, contratos de gestão firmados durante o governo Márcio França teriam beneficiado uma organização criminosa investigada, chefiada por Cleudson Garcia Montali. Ele é anestesista e responsável por quatro Organizações Sociais (OS) que foram investigadas por desviar dinheiro dos hospitais.

De acordo com a apuração, França teria recebido doações financeiras de Cleudson para a campanha eleitoral em que Márcio França concorria ao governo de São Paulo. “Verificou-se, ainda, que a organização criminosa também financiaria a campanha eleitoral de Márcio França à prefeitura de São Paulo no ano de 2020, fatos estes que demonstram possível envolvimento de Márcio França com a organização criminosa”, diz o relatório.

Márcio França se manifestou sobre a investigação e disse que a investigação desta quarta-feira (5) é  “política” e não policial, e de “cunho político eleitoral”.

Leia na íntegra a nota de Márcio França

“Começaram as eleições 2022. 1ª Operação Política.

Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas “autoridades”, com “medo de perder as eleições”, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa.

Toda operação policial tem nome!

Essa é uma operação política e não policial.

Ela é, evidentemente, de cunho político eleitoral.

Não tenho ou tive qualquer relação comercial ou advocatícia com as pessoas jurídicas e físicas que são alvo da investigação.

É lamentável que se comece uma eleição para o Governo de SP com estas cenas de abuso de poder político.

Já venho há tempos alertando que um grupo criminoso em SP tenta me impedir de expressar a verdade. Sabem que não compactuo com eles, que querem tomar conta do Estado de SP. Se depender de mim, não vão conseguir.

Eu não sou alvo de nenhuma operação, pois sou advogado particular, não tenho relações nem vínculo com serviços públicos. Não tenho relação com a área médica ou de saúde.

Tenho 40 anos de vida pública, não respondo a nenhum processo criminal.

Só deixarei de ser governador de SP se o povo paulista não quiser.

Não tenho medo de ameaças ou de chantagem. Em 40 anos de vida pública, já fui muitas vezes difamado e injustiçado, nunca condenado.

Aliás, já enfrentei adversários muito mais qualificados. Não vão ser os meus atuais concorrentes, notórios mentirosos, que me farão recuar”.

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