Saúde

CoronaVac é liberada pela Anvisa para vacinar crianças e adolescentes

Apenas que é imunossuprimido está impedido de ser vacinado pelo imunizante

Crianças e adolescentes de 6 a 17 anos foram beneficiadas com a vacinação contra a Covid-19. Além da Pfizer, o Brasil agora conta com a CoronaVac para imunizar o público infanto-juvenil. No entanto, a exceção é para as pessoas imunossuprimidas (baixa imunidade), que somente devem ser vacinados com a Pfizer. A liberaçção foi da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Foram favoráveis ao uso da CoronaVac, os diretores eiruze Freitas (relatora), Alex Machado Campos e Romison Rodrigues Mota, formando maioria pela aprovação. Ainda votam na sessão: Cristiane Jourdan e Antônio Barra Torres.

A decisão foi tomada na análise do segundo pedido apresentado pelo Instituto Butantan para liberação do imunizante contra a Covid-19 para crianças. O Butantan buscava licença para imunizar a faixa a partir de 3 anos, mas a agência optou por aguardar até que mais estudos sejam apresentados sobre crianças abaixo dos 6.

O primeiro pedido do Butantan foi enviado em julho de 2021 e foi negado porque os dados dos estudos apresentados naquele momento foram considerados insuficientes. A segunda solicitação foi protocolada em dezembro e, desde então, Anvisa e Butantan realizaram uma sequência de reuniões e mais de 10 estudos sobre o imunizante foram entregues para a agência.

Veja os principais pontos da decisão:
  • CoronaVac está liberada para público entre 6 e 17 anos
  • Não pode ser aplicada imunossuprimidos, que são pessoas com baixa imunidade
  • Aplicação está liberada para público com comorbidades (doenças ou condições prévias que agravam a Covid-19)
  • Imunização será em duas doses aplicadas em intervalo de 28 dias
  • Vacina é a mesma usada em adultos, sem adaptação de versão pediátrica
  • Anvisa não determinou quando começa a vacinação: distribuição de doses, cronograma e alteração de planos dependem dos estados e do Ministério da Saúde

Como será a vacinação em crianças e adolescentes?

O esquema vacinal para crianças é o mesmo recomendado para os adultos: duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias. A vacina será a mesma já aplicada na população em geral (no caso da Pfizer, primeira autorizada para crianças, há uma formulação diferente para as crianças).

A vacina CoronaVac está autorizada para uso emergencial no Brasil para pessoas com 18 anos de idade ou mais desde 17 de janeiro de 2021.

No Brasil, a vacinação de crianças já está em andamento com uso da vacina pediátrica da Pfizer. A agência autorizou o uso em 16 de dezembro, mas a vacinação só começou um mês depois porque o governo optou por realizar audiência pública para discutir a aprovação da Anvisa, decisão que atrasou o início da vacinação e foi amplamente criticada por especialistas.

Na semana passada, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que se a vacina fosse autorizada para esta faixa etária, o Instituto Butantan poderá disponibilizar 15 milhões de doses da vacina imediatamente e ajudar a vacinar integralmente cerca de 5,6 milhões de crianças deste grupo no estado.

Quem são os imunossuprimidos?

As pessoas com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas. O grupo dos imunosuprimidos considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetíveis a infecções.

Na primeira etapa da vacinação, o Ministério da Saúde considerava entre os imunossuprimidos:

  • Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
  • Quem tem com HIV e CD4 <350 células/mm3;
  • Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
  • Público em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
  • Pessoas com neoplasias hematológicas, como leucemias, linfomas e síndromes mielodisplásicas;
  • Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.

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