Caso Lara: polícia determina a prisão do suspeito de assassinar adolescente
Corpo da menina foi enncontrado morto em Campo Limpo Paulista
A Polícia Civil pediu que fosse executada a prisão temporária do principal suspeito de matar a adolescente Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos. Ela foi encontrada morta em uma área de mata no último dia 19 de março, em Campo Limpo Paulista.
O delegado Rafael Diório, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí, que cuida da investigação conta que as informações a respeito do suspeito, que aparece em imagens de câmera de segurança dirigindo um carro prata próximo ao local onde a menina foi vista pela última vez, foram cruzadas através do sistema de inteligência da polícia.
Nas imagens, os policiais puderam ver o exato momento em que o carro para perto do local, no mesmo dia e próximo ao horário em que a menina desapareceu. Em determinado momento, o motorista sai do veículo e olha ao redor, depois entra novamente no carro e segue o caminho.
Segundo o delegado, o suspeito já havia sido ouvido informalmente por telefone e foi intimado a prestar esclarecimentos na delegacia, mas se negou.
“O primeiro contato foi feito. O que chamou atenção foi que a esperança era que essa pessoa esclarecesse, porém, outras atitudes demonstraram que ela não quis mais contato e evitou de todas as formas prestar esclarecimento daquele dia. Então, esse foi um motivo muito relevante. Não estamos fazendo um juízo antecipado, porque isso nós não podemos, porém, levantou uma hipótese muito suspeita da pessoa”, afirma.
Buscas
Após a intimação, a polícia não conseguiu mais contato com o suspeito. O carro que aparece nas imagens foi localizado em outra cidade e apreendido. Caso a Justiça acate o pedido de prisão temporária, o suspeito pode ser considerado foragido.
Lara desapareceu no dia 16 deste mês, quando saiu de casa para comprar um refrigerante em uma mercearia a cerca de 600 metros de sua casa. O corpo dela foi encontrado com marcas de violência e coberto por uma substância ainda não identificada, no dia 19.
Segundo o delegado, existem várias possibilidades de investigação: se ela já chegou com o material no corpo ou se ele foi jogado para confundir o odor ou até a localização, por exemplo.
A polícia solicitou uma análise para verificar qual seria essa substância. Uma perícia nas unhas da adolescente também deve apontar vestígios de DNA do assassino. Os laudos, que estão sendo feitos em Jundiaí e na capital, serão fundamentais para o inquérito, que segue em segredo de Justiça.
Na última segunda-feira (21), a polícia começou a ouvir familiares de Lara. O pai da menina, Reginaldo de Oliveira, esteve na delegacia acompanhado por um advogado. Ele contou que o celular da filha era monitorado e não tinha redes sociais. Além disso, reforçou que a família não tinha nenhum tipo de desavença com ninguém.
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