Livro “Entrevista com Macunaíma” é lançado e atrai muitas pessoas
Obra do jornalista Renato Pirauá homenageia uma das principais lendas do Brasil

O Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente (IHGSV), no Litoral de São Paulo esteve bem movimentado nesse sábado (16). Uma das lendas mais conhecidas do Brasil foi homenageada através do lançamento de um livro. O jornalista Renato Pirauá lançou o livro “Entrevista com Macunaíma – A lenda além do caráter” e atraiu amigos, jornalistas, familaires e os visitantes.
A obra, além de resumir um pouco sobre quem foi Macunaíma e sua aventura pela caatinga brasileira, também provoca uma curiosidade e uma reflexão que a vida dele tem para o cotidiano. Renato falou sobre como foi o desafio da obra e também a satisfação de concluí-lo.

“Conceber Entrevista com Macunaíma me remeteu à época da faculdade de Jornalismo, quando meu professor, o mestre Dirceu Fernandes Lopes que nos deixou recentemente. Ele disse que escrever é 95% transpiração e 5% inspiração. Claro que tive a inspiração de juntar dois ícones tupiniquins do século XX, que são Macunaíma e Lampião, numa mesma história, convivendo juntos por um período – e fato só descoberto ao acaso 60 anos mais tarde por um premiado jornalista. Mas escrever um romance exige a técnica, a busca pela palavra perfeita, a conexão exata entre os capítulos”, explica.
“Entrevista com Macunaíma não tem a pretensão de marcar uma geração, mas sim de levar o leitor para uma história leve, agradável e reflexiva acerca de uma personagem que vai além do julgamento do caráter. Macunaíma representa o brasileiro que luta para sobreviver, que precisa colocar o prato de comida em casa, que sonha em ser rico pela sorte, pois o destino impede qualquer outra opção de sucesso financeiro”, conta.
Expectativa
Ainda de acordo com Renato Pirauá a obra trará uma leitura simples, mas que vai provocar a curiosidade sobre Macunaíma. “O leitor vai deparar com uma linguagem simples, partindo de um homem simples, que é o seu Mair. É nele que eu foco praticamente toda a história, porque carrega a sabedoria da idade, das experiências vividas, do diploma do sofrimento”.
“Eu valorizo muito a educação, claro. Sou um obcecado pela vida acadêmica, pelo chão da faculdade. Mas se não temos a vivência adquirida fora do banco universitário, não estamos prontos para o mundo voraz que nos espera. Seu Mair tem esse preparo – e só. Porque o meio que ele viveu não lhe proporcionou oportunidades de estudar. Nem por isso deixa de ser sábio”, finaliza.
O sucesso
O Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente esteve repleto de pessoas que fizeram questão de cumprimentá-lo pelo livro e ele mesmo ficou surpreso com tamanha repercussão.

“Quando conclui o livro, pensei: ‘é a parte que mais me causou satisfação’. Mas eu estava errado. Ver centenas de pessoas, entre amigos, colegas de profissão tanto do jornalismo como do meio escolar, alunos e familiares prestigiando a minha criação foi o que me deixou mais feliz, grato e realizado. Espero que todos gostem dessa singela obra que, repito, tem como única pretensão propiciar uma leitura agradável”.
O diretor Cultural da Encenação de São Vicente e um dos responsáveis pelo local, José Roberto Marchese enalteceu o lançamento da obra. “A existência de artistas como o Renato é a existência de uma visão mais lógica da cultura, que é uma cultura de baixo pra cima. São Vicente tem uma tradição desta cultura e o resultado vem de um grande público. Mostra o quanto que ela, tanto do clássico, como o popular é valorizado”, explica.
Elogios
Já a vereadora de Santos, a jornalista Audrey Kleys fez questão de vir prestigiar o amigo e enalteceu o autor da obra. “Esperamos coisas boas do Renato. Ele é um jornalista de muita competência, atento com as necessidades de outros jornalistas, sempre foi um amigo e com um olhar e estuta atenta. Jamais deixou faltar qualquer informação e necessidade. O Renato é alto-astral, sabe cuidar e abraçãoa missão, cuidando dos demais”.
Também jornalista, Denise Pires, com quem trabalhou na Secretaria de Comunicação de Santos, lembrou a passagem dele e também sobre a surpresa. “Conheço o Renato desde a faculdade, nos anos 1990. É um menino humilde, deu valor para as pessoas e só tenho de falar que merece todo o sucesso. Na faculdade era um ótimo aluno e sempre demonstrou o caráter na profissão. Além disso, é uma referência.”
“Quando soube, a obra estava praticamente pronta. Achei fantástico e corajoso, já que no nosso país, infelizmente não há tanta visibilidade e apoio para escrever um livro. Mas como é uma pessoa querida, é um cara que tem a agregar. Merece todos os parabéns”.
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