Cruzeiro confirma o favoritismo sobre o Minas e se torna heptacampeão da Superliga Masculina
Partida teve direito a um "set eterno" e a equipe celeste ainda faturou a quinta taça somente na atual temporada
Nos últimos anos, o vôlei masculino brasileiro tem sido amplamente dominado pelo Cruzeiro. Neste domingo (8) de Dia das Mães, a equipe presenteou as mães com o sétimo título da Superliga Masculina. O Cruzeiro bateu o Minas por 3 sets a 0 (25/20, 36/34, 25/20) e fechou a série da final por 2 a 1. Com o resultado, o time celeste conquistou o quinto título da temporada: Mundial, Supercopa, Mineiro Sul-Americano e, agora, a Superliga.
O Cruzeiro começou mais ligado no jogo. Otávio amorteceu o ataque de Kelvi e na sequência fez 4 a 2. Lopez parou Vissotto no bloqueio e a vantagem foi para quatro pontos (6 a 2). Cachopa foi para o saque e ampliou ainda mais com um ace e uma quebra de passe (10 a 4). Com Vissotto pouco inspirado, Nery resolveu fazer a inversão ainda no meio do set. E conseguiu diminuir para 17 a 13, em bom ataque de Sanchez.
Apesar da melhora do Minas, o Cruzeiro seguiu implacável. No rally, Lopez empinou uma bola nas alturas para Wallace. O oposto bateu uma paralela impressionante, sem chance de defesa (24 a 19). No toque na rede de William, o Cruzeiro fechou o primeiro set em 25 a 20.
Segundo set “eterno”
O Minas voltou melhor para o segundo set e conseguiu equilibrar o jogo. Os times trocaram pontos até que Leozinho acertou uma bomba no saque a a bola voltou de graça. William deixou Vissotto no simples e o oposto fez 9 a 7. O Cruzeiro empatou em uma pipe linda de Lopez (12 a 12) e passou à frente em ataque de Wallace. Mas Vissotto parou Rodriguinho e depois aproveitou contra-ataque, colocando o Minas de novo na frente do placar (15 a 14).
Os times passaram a trocar pontos, quando Felipe colocou Cledenilson no lugar de Cachopa para aumentar o bloqueio. E deu certo. Rodriguinho pegou Honorato e fez 22 a 20. Kelvi fez um bom saque e na sequência fez uma defesaça em ataque de Wallace. Vissotto recebeu, virou e empatou em 23 a 23. Arthur Bento pegou Lopez no bloqueio e virou para o Minas (24 a 23).
O set ficou tenso, com o Cruzeiro salvando seguidos set points do rival. Quando o time celeste teve um contra-ataque, Rodriguinho virou 29 a 28. Aí foi a vez do Minas ter que salvar set points do adversário. Até que Lukinha salvou uma pingada de Vissotto, Cachopa chamou Rodriguinho, que fechou em incríveis 36 a 34.
Título sacramentado
Embalado, o Cruzeiro aproveitou o baque do Minas para abrir quatro a um no terceiro set. O Minas tentou reagir, mas um saque de Lopez, que pegou na rede e caiu, colocou o time celeste de novo em boa vantagem (10 a 5). Wallace fez ace e abriu ainda mais (14 a 7). Leozinho pegou Wallace e deu um sopro de esperança para o Minas (20 a 16). Mas parou aí. Lopez e Rodriguinho seguiram virando os ataques e o Cruzeiro fechou o set por 25 a 20 no erro de saque de Matheus Pinta.
Rodriguinho foi o nome da final. Muito agitado desde o início, chamou jogo o tempo todo e foi fundamental no segundo e decisivo set. Cachopa foi muito bem na distribuição, atrapalhando o bloqueio do rival. Pelo Minas, Honorato foi o jogador que se manteve mais regular o jogo todo, ajudando no passe e o no ataque. Kelvi teve boa atuação também.
A campanha
O Cruzeiro fez uma campanha quase perfeita. Na primeira fase, venceu 20 dos 22 jogos e terminou em segundo, atrás do Minas, que teve o mesmo retrospecto, mas pontuação melhor. As duas derrotas foram para o Minas (3 x 1) e para o Sesi (3 x 1), ambas fora de casa.
Nas quartas de final, o time celeste venceu com facilidade o São José com um duplo 3 x 0. Na semifinal, teve bastante mais trabalho contra o Sesi, um dos times por quem tinha sido derrotado. No primeiro jogo, venceu por 3 x 2. No segundo, conseguiu mais um 3 x 0. Na final, bateu o Minas por 3 x 2 no primeiro duelo, perdeu o segundo por 3 x 2, mas ganhou neste domingo o terceiro por 3 x 0.
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