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Marcos Mion mobiliza as redes sociais para que o rol taxativo não seja aprovado

Apresentador pediu que os internautas pressionem o STJ

Que o apresentador Marcos Mion é muito ativo nas redes sociais, todo mundo sabe. Mas além de promover entretenimento e diversão, ele também fala muito sério, quando o assunto é o cuidado com pessoas com autismo. Na terça-feira (7), Mion pediu que os internautas pressionem o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a não votarem a favor do rol taxativo, que acontece nesta quarta-feira (8).

Caso aprovado, as operadoras de planos de saúde devem custear tratamento fora da lista de cobertura estipulada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E isto pode implicar na vida das pessoas que tenham parentes com o transtorno do espectro autista (TEA).

“A gente precisa de união mais uma vez contra o absurdo, o crime que é o rol taxativo […] Para quem não sabe, esta é uma decisão que pode afetar milhões de autistas. E, na verdade, pode afetar qualquer pessoa que tenha um plano de saúde”, diz ele, em vídeo publicado no seu Instagram.

Pai de Romeo, que é autista, Marcos Mion se tornou referência como ativista da causa. Em fevereiro, ele já tinha feito um vídeo pedindo a mobilização de seus seguidores. Na ocasião, a votação foi suspensa.

“Rol taxativo mata. Vamos mostrar que nós não esquecemos, vamos mostrar que nós estamos atentos […] Dinheiro nenhum pode ficar acima de uma vida”, afirmou.

No vídeo, ele lembrou que a votação anterior terminou empatada em 1 a 1 e fez questão de citar os nomes dos ministros que votaram a favor do rol taxativo (Luis Felipe Salomão) e contra (Nancy Andrighi). O ministro Villas Bôas Cueva pediu vistas (mais tempo para estudar).

Entenda o julgamento

No julgamento, estão de um lado os usuários e associações de pacientes que desejam um rol exemplificativo, ou seja, que a lista ANS funcione só como referência mínima e que outras demandas possam ser atendidas sob solicitação médica.

Na outra ponta, estão os planos de saúde que defendem um modelo taxativo, sem a possibilidade da inclusão de terapias ou exames não listados pela agência regulatória.

“Os planos de saúde vão simplesmente usar essa lista como lei, ou seja, qualquer tratamento, procedimento que não estiver nesta lista, vai ser negado por lei. E são muitos, como terapias que são fundamentais para que os autistas e outras pessoas com deficiência possam evoluir. Sem falar de exames super importantes para pessoas com doenças raras ou até mesmo com câncer. Imagina que pesadelo”, argumenta Mion.

A votação acontece dez dias antes do Dia do Orgulho Autista, em 18 de junho.

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