Alison dos Santos faz história e garante título mundial no atletismo
Brasileiro venceu nos 400m com barreiras e superou atletas, como o campeão olímpico Karsten Warholm
O Brasil teve uma conquista histórica nessa terça-feira (19) no Mundial de Atletismo. Alison dos Santos se tornou campeão mundial no atletismo ao vencer a prova dos 400m com barreiras, em Oregon, nos Estados Unidos. Ele obteve o tempo de 46s29, garantindo o terceiro melhor tempo da prova. Já os norte-americanos Rai Benjamin e Trevor Bassitt completaram o pódio.
O feito de Alison foi tão impressionante que até mesmo o campeão olímpico e atual recordista mundial da prova, Karsten Warholm foi superado e ficou na sétima posição.
Com a vitória, Alison dos Santos estabeleceu o recorde da prova no Campeonato Mundial de atletismo. É, também, a melhor marca da temporada, seis décimos à frente do segundo colocado. Benjamin, prata, fechou a prova com 46s89, com Bassit um pouco atrás (47s39).
Piu, como é conhecido o novo campeão mundial, já fazia uma excelente temporada antes da noite de terça. Em 2022, ganhou todas as quatro etapas da Diamond League que disputou e chegou em Eugene como líder do ranking mundial na prova, em que o Brasil nunca teve tradição.
A World Athletics, organização que gere o atletismo, usou as redes sociais para brincar com o resultado de Piu na decisão, colocando o rosto dele no lugar do Cristo Redentor.
Façanha
Em 2021, Alison já fez história ao conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio com o tempo de 46s72, apenas 0s02 acima do recorde mundial até aquele dia. O azar do brasileiro é que tanto Warholm quanto Benjamin correram tempos abaixo da melhor marca da história, estabelecida um mês antes pelo próprio norueguês.
Foi a primeira vez que um brasileiro conquistou medalha em uma grande competição internacional na prova dos 400m com barreiras. Aos 22 anos, Alison dos Santos já foi campeão pan-americano em 2019, em Lima, no Peru. Além do bronze olímpico, conquistou também o terceiro lugar no mundial sub20, em 2018.
Alison passou por um longo período de treinos nos Estados Unidos neste ano, em Chula Vista, na Califórnia, com o objetivo de aprimorar os primeiros 200m da prova, o que era a principal deficiência do brasileiro.
