
Suposta adolescente que denunciou estupro no mês passado é, na verdade, uma golpista de 34 anos, descoberta pela Polícia Civil.
Ela confessou ter costume de ser passar por uma jovem de 12 anos vítima de abuso sexual, comovendo as pessoas para ajudar com doações de remédio, alimentação e até abrigo.
A denúncia de estupro
Em agosto, um boletim de ocorrência havia sido registrado na Delegacia de Defesa da Mulher de Jundiaí. Onde uma menina de 12 anos havia fugido com ajuda de um caminhoneiro de uma casa de prostituição em Fortaleza (CE).
Em relato aos policiais, a adolescente contou ser mantida em cárcere privado. Entretanto, os pais da garota, obrigada a menor a manter relação sexual com diversos clientes, também era submetida a várias injeções de hormônio. Além disso, a suposta vítima contou que as meninas que cresciam, eram “descartadas” em rituais de magia negra.
A Delegacia de Fortaleza e também passou a investigar o suposto crime de estupro ocorrido contra a “jovem” em Jundiaí.
Contradições
A princípio a garota tinha um porte físico grande para a suposta idade que apresentava na ocorrência, além do sotaque não parecer natural de Fortaleza. O nome da jovem também não foi encontrado durante as investigações, levantando a hipótese de que os dados eram falsos.
Durante esse período, a “jovem” foi acolhida pela Casa Transitória de Jundiaí e, depois, pelo CAPS Infanto-juvenil. Ela passou por exames onde foram capazes de notar cicatrizes de agulhas e também que a idade óssea dela era compatível com uma mulher de 18 anos ou mais.
A descoberta veio através de uma busca pela internet. A Polícia Civil localizou uma matéria jornalística de 12 anos atrás, em que uma jovem de 13 anos sofreu as mesmas violências que a “adolescente” em Jundiaí.
A partir disso, a delegacia consultou o hospital onde a jovem passou por atendimento na época e descobriu, através de fotos, que se tratava da mesma pessoa, sendo identificada como uma mulher de 34 anos, com nome diferente do relatado à polícia.
Diante disso, a mulher foi indiciada por falsidade ideológica. A Polícia Civil informou que vai finalizar o inquérito e remetê-lo ao Ministério Público.
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