Criança que teve oito costelas fraturadas em SP está hospitalizada e MP investiga
A mãe e o padrasto acusados de agressão estão foragidos
O caso da criança de quatro anos brutalmente agredida pela mãe e o padrasto, em São Vicente, Litoral de São Paulo e que teve oito costelas e um braço fraturado foi parar no Ministério Público. O Conselho Tutelar da cidade acionou o MP para que interfira no caso e indicie o casal. Um vídeo que a mãe fez mostrou ela dizendo que na casa dela “ele não ia bagunçar”.
Segundo a conselheira Valdelice Alves, que acompanha o caso, o menino precisou ser reanimado no hospital após as agressões e que o pai da criança deve ficar com o menino. De acordo com ela, funcionários do hospital de São Vicente, onde o menino permaneceu internado. A informação era de que uma criança de quatro anos tinha sido espancada e estava gravemente machucada. A conselheira foi até o local e solicitou a presença da polícia, por se tratar de uma agressão.
De acordo com o Conselho Tutelar, o menino sofreu agressões quando estava com a mãe e o padrasto. Após o episódio, o homem levou a criança para a casa dos pais dele. O casal, então, levou o menino para o hospital enrolado em um lençol e os responsáveis alegaram que estava muito mal.
A mulher contou à conselheira que abriu o lençol e viu o rosto do menino machucado e o ouvido com sangue. Os pais do padrasto do menino ainda disseram que não tinham muito contato com a mãe da criança e que não sabiam o que havia acontecido.
Diante da gravidade do estado, a criança foi levada para uma sala de emergência de pediatria e a médica tentou reanimar a criança. “Ela pediu mais medicação, perguntava para a equipe se ele tinha reagido. Foi um momento de muito pavor. A gente percebeu que o menino estava inconsciente. A gente viu ele morto”, disse ela.
Minutos após o atendimento médico, a conselheira ouviu um choro. “Nessa hora, a gente agradeceu porque ele renasceu. Deu um alívio em todos que estavam ali”, conta.
Relato
Segundo a conselheira, o menino falou sobre o que tinha acontecido para as enfermeiras. “Ele contou que a mãe bateu nele e depois colocou ele no banho gelado. O menino chegou no hospital com hipotermia, por isso foi preciso essa reanimação”, contou a conselheira. Por conta dos ferimentos, ele foi transferido para a Unidade de Terapia Pediátrica (UTI) da Santa Casa de Santos.
Durante a madrugada, o pai do menino chegou no hospital. Ele disse que recentemente perdeu a esposa para o câncer. Por conta disso, a mãe das crianças disse a ele que ficaria com os filhos, na tentativa de ajudá-lo a passar por esse momento.
Segundo a conselheira, quando o pai foi buscar as crianças, a mãe não estava deixando o pai levá-los. “Nenhum dos dois tinha a guarda definitiva da criança. Então, não tinha como ele pegar. Foi um acordo de boca”, explica ela. Neste período, o filho dele teria sido agredido pela mãe e pelo padrasto.
O pai foi de encontro à criança e ele ficará com a guarda.
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