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Conheça a história do Cemitério Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí

Local é o mais antigo e abriga corpos de importantes personalidades

Quando se fala em ir ao cemitério, o gosto ´não é dos melhores e geralmente são visitados apenas para o enterro e homenagens a entes queridos, especialmente no Dia de Finados. Mas uma ida ao cemitério também remete a mergulhar na história. Em Jundiaí, o Cemitério Nossa Senhora do Desterro é o mais antigo da cidade e abriga os corpos de importantes personalidades.

As histórias estão divididas em: personagens históricos, que são as personalidades que figuram na sociedade e política local entre os séculos 19 e 20, como o Barão de Jundiahy e o Conde do Parnahyba, e personagens urbanos, como engenheiros, prefeitos e professores.

Para que os visitantes conheçam as histórias, as sepulturas apresentam um QR Code que conta a história da pessoa ali sepultada. Ao todo, são mais de 10 mil túmulos que existem no local.

Confira alguns túmulos famosos da cidade:

  • Leonardo Cavalcanti 

O túmulo de Leonardo Cavalcanti é um dos mais visitados no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Desterro e está localizado na segunda quadra, próximo à entrada do cemitério.

Leonardo Cavalcanti morreu em 29 de abril de 1925, aos 20 anos, após ser eletrocutado quando fazia uma inspeção no trecho nos fios de alta tensão chamados “troley”, na época em que a Companhia Paulista começou a eletrificar os trechos ferroviários.

  • Dr. Domingos Anastasio 

Italiano e conhecido como médico dos pobres, o túmulo de Domingos Anastasio, situado na quarta quadra, é um dos mais visitados. Ele ficou conhecido por ajudar e atender pacientes sem cobrar nada. Morreu em 20 de julho de 1938, vítima de um AVC.

  • Maria Polito 

Com doações, foi construída na terceira quadra do cemitério uma Capelinha após 27 anos da morte de Maria. Seu túmulo recebe muitas velas, flores, orações e outros objetos dedicados à jovem como símbolo de graças alcançadas.

Com repercussão nacional, em 11 de julho de 1900, Maria Polito foi esfaqueada 18 vezes pelo seu marido, com golpes no pulmão, nádegas e rosto.

O motivo é que teria sido revelado que Maria havia sido violentada na adolescência, e para o seu esposo isso teria sido uma traição. O crime foi cometido onde, atualmente, é a Praça Nove de Julho, na Vila Municipal, próximo ao cemitério onde está o seu jazigo.

  • Vigário João José Rodrigues 

Sepultado em 3 de julho de 1887, na trigésima quadra, em uma sepultura com pedestal em mármore e bustos esculpidos do vigário lembrando um altar mor, Vigário João José Rodrigues era reconhecido por todos os segmentos sociais da época como um grande trabalhador da causa dos pobres e desamparados.

  • Vasco Antônio Venchiarutti

Sepultado em 1980, na vigésima terceira quadra, em uma sepultura toda em mármore polido, Vasco Antônio Venchiarutti ficou conhecido por ter sido um prefeito com visão progressista e de grandes obras para a cidade e que até hoje simbolizam e representam a cidade de Jundiaí.

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