Indústria da moda e a poluição da água: entenda como a moda pode ser sustentável

A indústria da moda tem um sério impacto nos recursos hídricos. De acordo com dados da UNCTAD, em um ano a indústria utiliza 93 bilhões de metros cúbicos de água, sendo essa a indústria que mais consome água.

Além disso, a indústria da moda descarta meio milhão de toneladas de microfibras (o equivalente a 3 milhões de barris de petróleo) no mar.

Dentro dá moda, a peça mais versátil do guarda-roupa, o Jeans, atualmente é a que mais causa impacto ao meio ambiente durante a produção.

O projeto Pegada Hídrica Vicunha – do Movimento Ecoera, empresa de consultoria e ensino de sustentabilidade para os mercados de moda, beleza e design do Brasil, mapeou o consumo de água no ciclo de vida de uma calça jeans, desde o plantio do algodão, até o consumidor final.

Os resultados surpreendentes mostraram que os gastos geram, em média, 5.196 mil litros de água para produzir uma única peça de calça jeans. A produção desse tecido também pode estar relacionada ao uso de químicos que contaminam água e solo.

Na contramão

O movimento de moda sustentável está chegando para ficar. A ONU formou a Aliança pela Moda Sustentável na Assembléia das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

A iniciativa visa contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) “através de uma ação coordenada no setor da moda”.

Há outras formas que surgiram no mercado como alternativas que permitam prolongar a vida útil das roupas e até reutilizá-las, como os famosos brechós.

Além dos benefícios para a natureza, a reutilização das peças pode contribuir com a economia circular e também com a forma de produzir, armazenar, distribuir, reciclando, reconvertendo e observando as condições dignas dos trabalhadores da indústria.

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