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Caso Juliana: Suspeito de assassinato e extorsão vai à júri popular

Crime foi em Campo Limpo Paulista e homem é acusado de feminicídio

Nesta quarta-feira (8), onde é celebrado o Dia da Mulher, acontece no Fórum de Campo Limpo Paulista, o julgamento do homem acusado de feminicídio contra Juliana Souza de Oliveira, de 27 anos. A autor do crime que chocou o Interior de São Paulo é Reginaldo Barbosa, que vai passar por júri popular. Ele matou, ateou fogo e ainda havia extorquido a vítima.

O corpo de Juliana foi achado carbonizado dentro de um latão em Campo Limpo Paulista, em dezembro de 2021. Reginaldo, acusado do crime, era casado com a irmã de Juliana desde 11 de outubro de 2014, segundo o Ministério Público.

O julgamento do réu começou às 9h30 desta quarta-feira (8) no fórum da cidade e segundo a irmã da vítima, a família convive com o coração dilacerado, já que o acusado, arrancou a mulher “de forma desumana e cruel”.

Ainda segundo ela, após o crime, a mãe dela toma antidepressivos e medicamentos para dormir. Segundo ela, a família ainda vive um pesadelo e guarda lembranças dos bons fins de semana que passava com Juliana.

“[Reginaldo] Aproveitou da confiança que ela tinha, da vulnerabilidade e a extorquiu, a matou de forma inexplicável. E ele se fazia de vítima, falando que era incapaz de fazer mal para nossa família, que a minha mãe era considerada como uma segunda mãe para ele”, conta.

O crime e a prisão

Juliana estava desaparecida desde o dia 1º de dezembro de 2021, quando saiu para fazer um exame de sangue em Várzea Paulista.

No dia 20, a Polícia Civil encontrou um corpo carbonizado na mesma área onde foi registrado o último sinal do celular de Juliana. Materiais pessoais da jovem, como uma bolsa e um cartão de ônibus, foram encontrados no local.

O corpo estava queimado, dentro de um tambor, com marcas de tiros no metal. Mais tarde, um laudo do Instituto de Criminalística (IC) confirmou que o corpo era de Juliana.

As investigações sobre a morte de Juliana levaram a polícia até o cunhado dela, Reginaldo, que trabalhava como segurança em um loteamento às margens da Rodovia Edgard Máximo Zambotto, onde foi registrado o último sinal do celular de Juliana.

Na época, a Polícia Civil identificou diversas transferências bancárias de Juliana para o cunhado em 1º de dezembro de 2021, dia em que ela desapareceu. No mesmo dia, foi constatado um pagamento de R$ 20 de Reginaldo em um galão de diesel.

Câmeras de segurança também registraram o trajeto de Reginaldo no dia do crime, primeiramente em direção ao terminal de ônibus de Campo Limpo Paulista e, depois, com a jovem no carro, para a Rodovia Edgard Máximo Zambotto.

O inquérito foi relatado pelo delegado Rafael Diório, que era responsável pela delegacia da cidade na época. Depois, Reginaldo foi denunciado pelo Ministério Público por dois crimes de extorsão, feminicídio com arma de fogo e destruição de cadáver.

No dia 22 de março de 2022, a Justiça aceitou a denúncia do MP e tornou Reginaldo réu.

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