Meio Ambiente

Artigo – Para nós, todos os dias é Dia do Meio Ambiente

Por Simone Horvatin (Jornalista e idealizadora da plataforma digital Ambiental Mercantil)

A preocupação com o meio ambiente, questões sociais e socioambientais têm ganhado cada vez mais importância na sociedade atual. No entanto, é importante reconhecer que o impulso para tornar o mundo mais sustentável e amigável ao meio ambiente não se baseia apenas em valores ambientais e ecológicos, mas também em considerações econômicas.

É inegável que o capital desempenha um papel significativo nesse processo. A busca por práticas mais sustentáveis muitas vezes ocorre porque as empresas percebem que há benefícios financeiros em adotar uma abordagem mais responsável em relação ao meio ambiente. A sustentabilidade pode levar a uma maior eficiência operacional, redução de custos, acesso a mercados verdes e aumento da competitividade.

No entanto, é importante destacar que a preocupação com o meio ambiente não é exclusivamente motivada pelo capital. Há uma crescente conscientização sobre os impactos negativos das atividades humanas no meio ambiente e uma preocupação legítima em preservar os recursos naturais para as gerações futuras. Além disso, movimentos sociais e organizações não governamentais desempenham um papel crucial na defesa de questões ambientais e na promoção da sustentabilidade.

Portanto, embora o capital desempenhe um papel na condução de práticas mais sustentáveis, não se pode ignorar a importância dos valores ambientais e ecológicos, bem como do ativismo social, na busca por um mundo mais sustentável e amigo do meio ambiente. É necessário promover um equilíbrio entre os aspectos econômicos, sociais e ambientais para alcançar um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.

Hoje, todos tentam mostrar empenho com o meio ambiente, e as questões socioambientais. mas até que ponto são verdades de fato? Como um canal de notícias, consideramos que todos têm o direito de apresentar em suas pautas passos em direção a melhorias. Nos atentamos ao ‘Greenwashing’, porém, é uma tarefa um tanto difícil, pois recebemos muitas informações ao mesmo tempo. Tentamos fazer o nosso melhor na seleção de notícias. Até mesmo o agronegócio, que tem uma imagem duvidosa, quando relacionada ao meio ambiente e sustentabilidade, avaliamos se as pautas trazem avanços ambientais e de sustentabilidade pela organização (a frase de Armstrong: ‘Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade’ se encaixa nesta reflexão). Todos os setores podem e devem melhorar seus processos, e cada passo, mesmo que simples, já é um avanço.

Este momento é de ir na direção da reparação ambiental, recuperar áreas danificadas por humanos direta ou indiretamente (digo humanos, porque atrás de governos e indústrias, há pessoas que decidem pelo bem ou pelo mal, pelo lucro e capital – e foi assim, historicamente, antes). Um exemplo, a Alemanha: o país tem sido um exemplo de sucesso em relação à recuperação de rios poluídos. Ao longo das últimas décadas, o país implementou medidas abrangentes para reabilitar seus rios, resultando em melhorias significativas na qualidade da água.

Um exemplo notável é o rio Reno, que atravessa a Alemanha. Nas décadas de 1970 e 1980, o rio estava altamente poluído devido à descarga de efluentes industriais e domésticos sem tratamento adequado. No entanto, graças a uma série de investimentos em infraestrutura de tratamento de água e esforços de regulação ambiental mais rigorosos, o Reno passou por uma notável transformação.

Hoje, o rio Reno é considerado um dos rios mais limpos da Europa. A qualidade da água melhorou significativamente, proporcionando um ambiente saudável para a vida aquática e permitindo a recuperação de ecossistemas naturais ao longo das suas margens.

Além disso, a Alemanha também tem adotado abordagens inovadoras para a recuperação de rios poluídos. Um exemplo é o projeto de re-naturalização do rio Spree, em Berlim, onde as antigas estruturas de concreto foram removidas e as margens foram restauradas, permitindo que o rio recuperasse seu curso natural e proporcionasse habitats mais diversificados para a fauna e a flora.

Esses esforços de recuperação de rios poluídos na Alemanha são resultado de uma combinação de legislação ambiental rigorosa, investimentos em infraestrutura de tratamento de água e conscientização da importância dos recursos hídricos para a sociedade e o meio ambiente.

Temos de buscar a preservação ambiental do que é considerado “nativo ou nativa”, respeitando ao mesmo tempo toda a biodiversidade. A exploração excessiva de recursos naturais pode levar à degradação e destruição de habitats, afetando a biodiversidade. Devemos diminuir a pressão sobre os ecossistemas e contribuímos para a preservação da diversidade biológica. Tudo e todos são importantes: flora e fauna, animais e insetos, no ecossistema da existência, coexistência e interdependência.

Nós, humanidade, reconhecemos o aquecimento global e as mudanças climáticas – e todas as suas consequências. Neste movimento global de dar valor a “mãe natureza” e aos recursos naturais, de dar valor as águas, rios e oceanos, vivemos uma revolução coletiva de consciência de consumo e estamos desenvolvendo uma “inteligência ambiental e sustentável” coletiva. Da consciência de cada indivíduo, surge uma nova forma de pensamentos e ações coletivas para nos reeducar e reordenar nossos hábitos, para o bem do planeta e das futuras gerações.

Um dos aspectos importantes deste aprendizado, é a relação das emissões de gases de efeito estufa e a economia circular. Hoje sabemos que muitos dos recursos que consumimos, têm uma pegada de carbono significativa ao longo de seu ciclo de vida, desde a extração e produção até o descarte.

O papel da economia circular tem sido essencial para nos desenvolvermos como sociedades conscientes do nosso habitat, e isso envolve hoje conhecimentos dos materiais recicláveis e os “Rs” da sustentabilidade. São vários os “Rs” para nos mostrar um estilo de vida possível e mais sustentável, reduzindo o consumo excessivo, minimizando o desperdício e cuidando melhor dos recursos naturais: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Repensar, Recusar, Reparar, Restaurar, Racionalizar, Renovar, Reflorestar, Regenerar, Respeitar e Responsabilizar.

Cada um desses “Rs” desempenha um papel importante na promoção da sustentabilidade, seja através da redução do consumo, do uso de energia renovável, da restauração de ecossistemas, da adoção de práticas regenerativas ou do respeito pela natureza e pelas comunidades.

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