O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou nesta terça-feira (24) a candidatura de Gustavo Martinelli à prefeitura de Jundiaí, pela coligação “O Trabalho Vai Continuar”. A decisão foi unânime, com base em irregularidades detectadas nas contas de Martinelli quando presidiu a Câmara Municipal em 2018. Mesmo com a rejeição, o candidato poderá participar do primeiro turno, mas seus votos ficarão sub judice até o julgamento final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Martinelli tem três dias para recorrer ao TSE, e após esse prazo, haverá mais três dias para a apresentação de argumentos contrários, antes que o julgamento ocorra. A equipe jurídica de Martinelli já está recorrendo da decisão.
A rejeição de sua candidatura se deu após a constatação, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), de falhas na concessão de horas extras e revisões salariais enquanto Martinelli presidia a Câmara Municipal. No entanto, a defesa argumenta que o TCE corrigiu um erro, reconhecendo que o nome de Martinelli foi incluído indevidamente na lista de contas rejeitadas, e que essa correção já foi oficializada. Assim, segundo seus advogados, Martinelli não se enquadra nas regras de inelegibilidade da Lei Complementar nº 64/90.
Em nota, a assessoria do candidato afirmou que ele seguirá normalmente na campanha.
“Enquanto não houver uma decisão definitiva, nada muda. Continuamos disputando com verdade e transparência”, informou. Martinelli também destacou sua trajetória de 20 anos na vida pública, marcada pela ética e pelo compromisso com o uso responsável do dinheiro público. Durante seu mandato como presidente da Câmara, ele afirma ter gerado uma economia de R$ 21 milhões, usada para pagar o 13º salário dos funcionários do Hospital São Vicente e para a compra de veículos para a instituição.
O candidato declarou estar sendo alvo de uma perseguição política. “Estão tentando manchar minha reputação com fake news e distorções. Nunca tive um processo na Justiça. Houve um erro na inclusão do meu nome nessa lista, mas isso já foi corrigido pelo Tribunal de Contas. Nossa campanha está cada vez mais forte e isso incomoda.”
Martinelli e sua equipe seguem confiantes de que a justiça será feita e acreditam que a decisão será revertida, mantendo o foco em propostas de desenvolvimento e justiça social para Jundiaí.
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