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Jundiaí acolhe estudantes estrangeiros e promove integração cultural nas escolas

Unidades escolares da cidade recebem crianças de diversas nacionalidades, com estratégias de acolhimento e ensino inclusivo

Nos corredores das escolas municipais de Jundiaí, é possível ouvir uma mistura de idiomas que refletem a diversidade cultural da cidade. Atualmente, 63 crianças estrangeiras, vindas de países como Venezuela, Haiti, Egito, Japão e Afeganistão, estão matriculadas em 28 das 104 unidades escolares, que incluem creches e escolas de ensino fundamental.

Essas crianças trazem em suas bagagens histórias marcantes, muitas vezes ligadas à fome e a conflitos, além do desafio da barreira do idioma. Para acolhê-las, a Unidade de Gestão de Educação (UGE) da Prefeitura de Jundiaí implementou um conjunto de medidas, descritas no Caderno de Orientações para professores e coordenadores, com o objetivo de facilitar a adaptação e promover um ambiente inclusivo.

Acolhimento que transforma vidas
Segundo Vastí Ferrari Marques, gestora da UGE, o acolhimento é essencial para garantir a segurança e o bem-estar das crianças. “Entender a cultura, os hábitos alimentares e a realidade de onde vêm essas crianças é indispensável para criar um ambiente escolar acolhedor. A comunicação universal das crianças é a brincadeira, e, por isso, é fundamental planejar interações que promovam a integração”, afirma.

Entre as ações propostas, destacam-se a criação de cartazes com imagens e expressões traduzidas, planejamento de atividades inclusivas e até adaptações no cardápio escolar, quando necessário, para respeitar as culturas e hábitos das crianças.

Educação inclusiva em prática

A Emeb José Romeiro Pereira, na Vila Progresso, é um exemplo de como essas diretrizes têm sido aplicadas. A diretora Adriana Arcos Batista explica que o corpo docente se adapta às necessidades dos alunos estrangeiros, utilizando tradutores digitais quando necessário. “O processo pedagógico é individualizado, e nossa equipe está comprometida em oferecer conforto e confiança para que essas crianças se sintam acolhidas e possam aprender com tranquilidade”, ressalta.

Omar Antar Beltagy Eacriy, de 8 anos, veio do Egito e já se destaca em matemática, enquanto ainda se adapta ao português. Com orgulho, ele compartilha sua paixão pela disciplina com os colegas. Já Motasimbelaa Abdalla Mohamed Abdelfatah, carinhosamente chamado de Mota, utiliza um tablet para superar as dificuldades de comunicação inicial.

“Quando ele precisa se comunicar, recorre ao tablet, que traduz suas falas instantaneamente. É um recurso importante para sua adaptação”, explica a professora Ana Clara Marin Verrone.

União de culturas e aprendizado

As medidas adotadas pelas escolas de Jundiaí vão além do ensino. Elas criam um ambiente onde respeito e inclusão são prioridades, valorizando as diferenças culturais e proporcionando a esses estudantes a chance de se sentirem parte de uma nova comunidade.

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