Mais da metade dos animais da Mata Ciliar de Jundiaí foi resgatada do tráfico
Associação cuida de espécies vítimas do comércio ilegal e prepara bichos para retorno à natureza ou para espaços adequados

Mais de 1,5 mil animais vivem atualmente na Associação Mata Ciliar de Jundiaí (SP), e mais da metade deles foi resgatada do tráfico. O espaço atua na reabilitação e cuidados especializados, com o objetivo de devolver os bichos à natureza ou encaminhá-los a locais apropriados.
Um dos casos recentes envolve mais de 40 filhotes de jabutis encontrados em uma rodovia de Salto (SP). A suspeita é de que os animais estavam sendo transportados ilegalmente e caíram de um veículo. Os filhotes estavam desidratados e com fome, embora sem ferimentos graves.
Os jabutis chegaram à associação com apenas 100 gramas e precisam atingir pelo menos um quilo para viver em recintos que simulam a natureza, antes de serem devolvidos ao habitat natural.
Além deles, outras espécies também passam por tratamento. Um trinca-ferro, ave muito visada no comércio ilegal, se recupera de desnutrição com suplementação alimentar. Já um periquito-de-encontro-amarelo está em processo de reabilitação, mas há casos em que aves chegam mutiladas ou com sequelas irreversíveis e acabam permanecendo no local para sempre.
De acordo com a chefe do departamento do Cetras, Lilian Sayuri Fitorra, o número de animais resgatados ainda preocupa. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.970, contra 2.663 no mesmo período do ano passado.
No Brasil, capturar, transportar e comercializar animais silvestres é crime, com pena de seis meses a um ano de prisão, além de multa. Para combater o tráfico, a orientação é denunciar à Polícia Militar Ambiental, que verifica a legalidade da posse ou venda.
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