

Mais um capítulo envolvendo a interdição do Túnel da Vila Zilda surgiu no Guarujá. A Prefeitura acionou o Ministério Público, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) contra a Sabesp.
O motivo é por causa do Túnel Juscelino Kubitscheck, conhecido como Túnel da Vila Zilda, que teve o asfalto rompido devido as fortes chuvas que caíram nessa semana. Antes disso, a empresa fez um trabalho de manutenção urgente na tubulação que passa pelo local. Haveria a liberação da pista para veículo nesta sexta-feira (15). Mas a interdição irá prosseguir até a próxima terça-feira (19).
O asfalto cedeu após um serviço de manutenção de esgoto ocorrido na quinta-feira passada. A Prefeitura disse que o rompimento da tubulação de recalque de efluentes oriundos da Estação de Precondicionamento de Esgotos (EPC), durante forte chuva, causou rupturas e buracos na cobertura asfáltica do túnel. Equipes foram direcionadas para o local e os reparos estão sendo providenciados.
Por enquanto nenhum veículo poderá acessar o local e rotas alternativas para quem vai ou vem da Enseada são disponibilizadas. Mas pedestres e bicicletas seguem acessando o local por meio das passarelas destinadas a eles.
Medidas
O Grupo de Trabalho de Fiscalização e Acompanhamento dos Serviços Prestados pela Sabesp, da Prefeitura de Guarujá, notificou a companhia. O Grupo é coordenado pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Sidnei Aranha, que estuda eventuais medidas a serem adotadas contra a Sabesp.
Os técnicos da companhia foram acionados para uma reunião de emergência no paço municipal, nesta quinta-feira. Segundo o secretário, eles informaram que o caso foi “algo inesperado”.
“Entendemos que não é possível que a terceira maior empresa de saneamento básico do mundo não tenha manutenção preventiva e não faça inspeção em sua rede”, criticou Aranha. Ele disse, ainda, que o Grupo identificou que a Sabesp não faz investigações preventivas nos equipamentos.
Aranha afirmou que o Gaema, do Ministério Público, a Cetesb e a Arsesp foram acionados sobre a situação e que aguarda um posicionamento dos órgãos sobre o assunto. “Se necessário, entraremos na Justiça para que a Sabesp definitivamente tenha responsabilidade com a população de Guarujá”, disse.
Até o momento a Sabesp ainda não se pronunciou sobre o assunto e uma reunião na próxima segunda-feira (18) irá definir quais serão as multas que serão aplicadas. As punições serão dadas devido à questões ambientais, mas também por transtornos no trânsito e as consequências pela obra.
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