Quebra de sigilos de alvos da CPI da Covid é autorizado
Secretários e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello estão na mira das investigações
Nesta quinta-feira (10) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 aprovou uma série de requerimentos que pediam a transferência do sigilo telefônico e telemático de alvos da investigação. Além disso, também foram aprovadas as transferências de sigilo bancário e fiscal de empresas de publicidade.
Entre os que tiveram o sigilo quebrado estão o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e o empresário Carlos Wizard. Mas também estão nesta lista, a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI), Francieli Fontana Fantinato e o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Marques. Este último é apontado como autor de uma nota falsa sobre a quantidade de óbitos por Covid-19.
A CPI da Covid apura ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia de Covid e eventual desvio de verbas federais enviadas a estados e municípios. Em um dos casos relatado, mostrou que a farmacêutica Pfizer procurou a embaixada do Brasil no dia 27 de agosto para obter respostas sobre a compra dos imunizantes. Mas houveram recusas e nenhum retorno.
A proposta rejeitada
Por causa dessa negação pelas propostas da vacina, a cúpula da CPI acredita que uma grande parcela da população brasileira já seria salva da Covid-19 após a vacinação. De acordo com o documento, “dirigentes da Pfizer ressaltaram ao Posto a importância de que o governo brasileiro manifeste interesse pela compra da vacina até 29/8, com base em proposta comercial apresentada aos Ministérios da Saúde e da Economia em 14/8”.
O documento ainda afirma que o encontro foi um pedido da Pfizer. Os presidentes da Pfizer na América Latina e no Brasil foram ao encontro dos diplomatas brasileiros.
“Comentaram também terem apresentado a autoridades do Ministério da Saúde e do Ministério da Economia em 14/8, proposta formal de venda de cerca de 30 milhões de doses da vacina para o Brasil, caso a aplicação da vacina seja aprovada pelas autoridades nacionais competentes”, apontou o documento.
Os documentos revelam que a Pfizer informou que o Brasil precisava dar uma resposta, senão a proposta expirava. “Ressaltaram que o prazo para o governo brasileiro formalizar interesse na compra da vacinação expirará em 29 de agosto corrente, conforme estipulado na proposta. Expressaram receio de que a empresa não possa garantir o fornecimento da quantidade de doses da vacina deseja pelo Brasil, caso não receba a confirmação de interesse até 29/8”, continuou o informe.
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